São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000

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PORTUÁRIOS

Santos pode parar hoje por tempo indeterminado

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O porto de Santos (SP), o maior do país, deverá sofrer nova paralisação por tempo indeterminado a partir das 7h de hoje, com a greve dos 2.700 operários portuários que reivindicam o pagamento do reajuste de 7% sobre os salários e diárias de produção.
O reajuste, retroativo a março, foi concedido por sentença emitida pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho), mas o Sopesp (sindicato patronal dos empresários do porto) anunciou que não pretende pagar enquanto não estiverem esgotadas todas as possibilidades judiciais de recurso.
Na semana passada, o porto parou por três dias, de segunda a quarta, devido a um movimento dos estivadores. A cada dia de paralisação, o prejuízo é de US$ 10 mil a US$ 25 mil por navio, segundo cálculos dos armadores (proprietários das embarcações).
No fim da tarde de ontem, sindicalistas e empresários estavam reunidos na sede do Sopesp, negociando uma saída para evitar a greve. Mas o presidente em exercício do Sindicato dos Operários Portuários, Valter Leite Santana, disse que a paralisação só deixaria de ocorrer se os empresários se dispusessem a fixar uma data para efetuar o pagamento.
Até o fechamento deste edição, a reunião não havia terminado. No início do encontro, o Sopesp propôs uma nova rodada de negociação hoje de manhã, mas os trabalhadores não aceitaram.
Hoje, lideranças sindicais portuárias deverão viajar para Brasília, onde pretendem manter um encontro com o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, para solicitar que ele interceda para resolver o impasse.


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