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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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MERCADO

Mesmo com ganho de 6,8% em novembro, saque nos Fiex superou aplicação em R$ 160,8 milhões; título tem alta

Investidor abandona fundos com C-Bond

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem mesmo a significativa rentabilidade de 6,8% registrada em novembro foi suficiente para convencer os investidores a manter seus recursos aplicados nos Fiex (Fundos de Investimentos no Exterior).
Os saques das carteiras dos Fiex superaram as aplicações em R$ 160,8 milhões em novembro, cifra expressiva para o tamanho do segmento: o patrimônio líquido dos Fiex chegou ao fim do mês passado com R$ 378,9 milhões, como mostra levantamento da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
Esse tipo de aplicação ganhou visibilidade neste ano, com a valorização dos C-Bonds (títulos da dívida brasileira mais negociados no mercado internacional). É que, apesar de terem também outros papéis, os Fiex são constituídos principalmente por C-Bonds.
No ano, os investidores acumulam ganho de 27,7% neste tipo de aplicação.
Os Fiex representam uma parcela muito pequena da indústria de fundos, não chegando a 0,10% do patrimônio total.
Os C-Bonds bateram sucessivos recordes de valor nos últimos dias. Ontem subiram 0,52%, para US$ 0,9756.
O atual valor dos títulos pode ser um limitador para que sigam subindo muito. É que quando os papéis chegarem a 100% de seu valor de face, o governo poderá exercer o direito de comprá-los.
"Mesmo assim, ainda há espaço para os C-Bonds subirem", afirma Felipe Brandão, diretor de mercados emergentes da corretora López Léon.
O risco-país, que acompanha a oscilação dos papéis da dívida pública, voltou a fechar abaixo dos 500 pontos, no menor patamar desde maio de 98. Ontem o risco caiu para 494 pontos.

Bolsa
O pregão de ontem na Bovespa foi marcado pelo início de um movimento de realização de lucros. A Bolsa de Valores de São Paulo perdeu 0,61%, com as ações preferenciais da Transmissão Paulista liderando as baixas, com recuo de 3,5%.
Em novembro, os investidores estrangeiros continuaram apostando na Bolsa. As compras de ações por estrangeiros superaram as vendas em R$ 696,8 milhões. No ano, esse resultado está positivo em R$ 6,2 bilhões.


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