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MERCADO
Mesmo com ganho de 6,8% em novembro, saque nos Fiex superou aplicação em R$ 160,8 milhões; título tem alta
Investidor abandona fundos com C-Bond
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem mesmo a significativa rentabilidade de 6,8% registrada em
novembro foi suficiente para convencer os investidores a manter
seus recursos aplicados nos Fiex
(Fundos de Investimentos no Exterior).
Os saques das carteiras dos Fiex
superaram as aplicações em R$
160,8 milhões em novembro, cifra
expressiva para o tamanho do
segmento: o patrimônio líquido
dos Fiex chegou ao fim do mês
passado com R$ 378,9 milhões,
como mostra levantamento da
Anbid (Associação Nacional dos
Bancos de Investimento).
Esse tipo de aplicação ganhou
visibilidade neste ano, com a valorização dos C-Bonds (títulos da
dívida brasileira mais negociados
no mercado internacional). É que,
apesar de terem também outros
papéis, os Fiex são constituídos
principalmente por C-Bonds.
No ano, os investidores acumulam ganho de 27,7% neste tipo de
aplicação.
Os Fiex representam uma parcela muito pequena da indústria
de fundos, não chegando a 0,10%
do patrimônio total.
Os C-Bonds bateram sucessivos
recordes de valor nos últimos
dias. Ontem subiram 0,52%, para
US$ 0,9756.
O atual valor dos títulos pode
ser um limitador para que sigam
subindo muito. É que quando os
papéis chegarem a 100% de seu
valor de face, o governo poderá
exercer o direito de comprá-los.
"Mesmo assim, ainda há espaço
para os C-Bonds subirem", afirma Felipe Brandão, diretor de
mercados emergentes da corretora López Léon.
O risco-país, que acompanha a
oscilação dos papéis da dívida pública, voltou a fechar abaixo dos
500 pontos, no menor patamar
desde maio de 98. Ontem o risco
caiu para 494 pontos.
Bolsa
O pregão de ontem na Bovespa
foi marcado pelo início de um
movimento de realização de lucros. A Bolsa de Valores de São
Paulo perdeu 0,61%, com as ações
preferenciais da Transmissão
Paulista liderando as baixas, com
recuo de 3,5%.
Em novembro, os investidores
estrangeiros continuaram apostando na Bolsa. As compras de
ações por estrangeiros superaram
as vendas em R$ 696,8 milhões.
No ano, esse resultado está positivo em R$ 6,2 bilhões.
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