São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2006

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País obtém juro menor em nova captação em reais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo fez ontem a quarta emissão de títulos da dívida externa em reais. Com a operação, o Tesouro obteve empréstimo de R$ 750 milhões (cerca de US$ 346 milhões) por meio do lançamento de papéis que vencem em 2022. Nesse período, serão pagos aos investidores que participaram da operação juros de 11,663% ao ano.
Em setembro, o governo já havia emitido R$ 1,6 bilhão desse mesmo título, a uma taxa de 12,875% ao ano. Em geral, o Tesouro contrai empréstimos no mercado internacional para pagar as parcelas da dívida externa que vencem ao longo de cada ano -os vencimentos previstos para 2007 e 2008 são de cerca de US$ 14 bilhões.
Nos últimos anos, porém, o governo tem pago boa parte das suas obrigações com dólares comprados diretamente no mercado de câmbio. Com isso, as emissões de novos títulos da dívida externa reforçam as reservas em moeda estrangeira do governo. Na semana passada, essas reservas estavam em US$ 83,4 bilhões, nível recorde.
Além disso, a emissão dos títulos em reais trazem a vantagem de reduzir o risco cambial do endividamento. Significa que, mesmo no caso de uma disparada do dólar, o valor da dívida não será alterado.
Mas o fato de os papéis pagarem juros prefixados pode ser uma desvantagem: mesmo que as taxas no país caiam no futuro, os títulos emitidos ontem continuarão pagando 11,663%.


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