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País obtém juro menor em nova captação em reais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo fez ontem a quarta
emissão de títulos da dívida externa em reais. Com a operação, o Tesouro obteve empréstimo de R$ 750 milhões (cerca
de US$ 346 milhões) por meio
do lançamento de papéis que
vencem em 2022. Nesse período, serão pagos aos investidores que participaram da operação juros de 11,663% ao ano.
Em setembro, o governo já
havia emitido R$ 1,6 bilhão desse mesmo título, a uma taxa de
12,875% ao ano. Em geral, o Tesouro contrai empréstimos no
mercado internacional para
pagar as parcelas da dívida externa que vencem ao longo de
cada ano -os vencimentos previstos para 2007 e 2008 são de
cerca de US$ 14 bilhões.
Nos últimos anos, porém, o
governo tem pago boa parte das
suas obrigações com dólares
comprados diretamente no
mercado de câmbio. Com isso,
as emissões de novos títulos da
dívida externa reforçam as reservas em moeda estrangeira
do governo. Na semana passada, essas reservas estavam em
US$ 83,4 bilhões, nível recorde.
Além disso, a emissão dos títulos em reais trazem a vantagem de reduzir o risco cambial
do endividamento. Significa
que, mesmo no caso de uma
disparada do dólar, o valor da
dívida não será alterado.
Mas o fato de os papéis pagarem juros prefixados pode ser
uma desvantagem: mesmo que
as taxas no país caiam no futuro, os títulos emitidos ontem
continuarão pagando 11,663%.
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