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Transações com cartão devem crescer 150%
Estimativa para os próximos cinco anos é alimentada pelo fim do monopólio de Redecard e Cielo (VisaNet)
DA REPORTAGEM LOCAL
A abertura do mercado de
cartões de crédito no Brasil deverá fazer surgir 20 novos adquirentes ("emissores" de cartões) nos próximos cinco anos
-hoje dois deles detêm mais de
90% do mercado. Ela também
diminuirá as margens de lucro
e dobrará o faturamento do setor até 2013, além de reduzir os
custos para os lojistas.
Nos próximos quatro anos, as
transações comerciais por cartão de crédito devem movimentar R$ 758 bilhões, alta de
152%. A receita líquida do setor
dobrará, atingindo R$ 15,5 bilhões, e o lucro líquido -que
hoje é de R$ 3,7 bilhões- atingirá R$ 7,4 bilhões. As margens
de lucro deverão atingir 30% ao
ano contra os 50% atuais.
Essas previsões foram apresentadas ontem pela CSU Card
System, líder do mercado na
oferta de soluções tecnológicas
para as transações comerciais
por cartão de crédito. "Já existem varejistas, bancos e até planos de saúde interessados em
lançar cartões", diz Marcos Ribeiro Leite, presidente da CSU.
Essa movimentação ocorre
porque o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quebrou o duopólio existente no mercado. Atualmente,
a Redecard possui 39% de participação, e a Cielo (VisaNet),
54%. "Na verdade, eram dois
monopólios isolados devido
aos contratos de exclusividade
entre as bandeiras e os emissores", afirma o presidente do Cade, Arthur Badin.
Por isso, o Cade condenou as
duas empresas. O monopólio
da Redecard, que administra os
cartões MasterCard, está quebrado. Já a Cielo tem até junho
de 2010 para apresentar as regras que permitirão a entrada
de novos interessados em emitir cartões de crédito da Visa.
A decisão do Cade acaba com
o esquema de exclusividade e
determina a interoperabilidade
dos sistemas. Uma máquina da
Redecard terá de processar
uma transação da Visa, por
exemplo. "Isso vai derrubar o
preço do serviço", diz Leite.
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