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BIOSSEGURANÇA
Demora em transgênicos custou US$ 3,1 bi, diz estudo
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Produtores de soja do Brasil deixaram de arrecadar
US$ 3,1 bilhões nos últimos
dez anos por causa da demora do país em adotar tecnologia transgênica, segundo a
indústria do setor.
Relatório divulgado ontem
pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia,
ONG ligada a empresas pró-transgênicos, estima também que o país vai deixar de
faturar US$ 9 bilhões na próxima década, caso a CTNBio
-comissão do Ministério da
Ciência e Tecnologia- não
libere o plantio de milho e algodão transgênicos.
A estimativa leva em conta
os gastos dos produtores
com produtos químicos para
controle de pragas -no caso
da soja, ervas daninhas. Em
dez anos, essa despesa para
os produtores de soja foi de
US$ 4,6 bilhões.
A quantia economizada
nesse período com o cultivo
de plantas resistentes foi de
US$ 1,5 bilhão, de acordo
com o Conselho. Atualmente, 56% das plantações de soja no Brasil contêm organismos transgênicos, de acordo
com a ONG.
"Em conseqüência de fazer menos aplicação de defensivos químicos, você gasta
menos trator, menos óleo,
funcionários. Tem toda uma
redução de custos colateral",
diz o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo
Anderson Galvão, da consultora Céleres.
O presidente da CTNBio,
Walter Colli, diz que um "excesso de divergências" entre
os membros da comissão impede a aprovação de projetos
que autorizem o cultivo de
outros tipos de transgênicos.
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