São Paulo, quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

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Oferta de crédito não encontra interessados

JOHN AUTHERS
DO FINANCIAL TIMES

As ações afundaram ontem. Os últimos dados do mundo desenvolvido empurraram um pouco mais o pêndulo da probabilidade de recessão.
A principal questão agora se refere ao preço do crédito e sua disponibilidade. Os últimos dados sugerem que o verdadeiro aperto no crédito pode finalmente estar começando.
Pesquisas nos Estados Unidos e na Europa mostram fortes quedas em aprovações de hipotecas e empréstimos, apesar dos esforços para aumentar a oferta de crédito.
A esperança era que os grandes cortes de juros realizados pelo Federal Reserve (o BC dos EUA) estimulariam a economia. Se o resto permanecesse igual, o crédito barato conseguiria isso. A disponibilidade de crédito sugere que o mercado imobiliário dos EUA estaria pronto para se recuperar.
No entanto, pesquisas de disponibilidade de crédito são ilusórias se os bancos não emprestam. E, o mais preocupante: essa tendência é comum na Europa, onde o BC não barateou o crédito, e nos Estados Unidos, onde isso ocorreu.
Após números da indústria americana terem trazido esperança na semana passada, os dos serviços sinalizaram o contrário ontem. E o mercado segue dependente de mais dados.


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