|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SP e RJ sobem em ranking de cidades caras
Com valorização do real, metrópoles avançam oito posições em lista para executivos de consultoria da "Economist"
Enfraquecimento do
dólar barateia as cidades americanas, e Moscou torna-se mais cara para executivos que Nova York
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a valorização do real,
São Paulo e Rio de Janeiro galgaram oito posições no ranking
das cidades mais caras do mundo. Ambas estão agora empatadas no 79º lugar, segundo lista
divulgada pela Economist Intelligence Unit, braço de pesquisas do grupo britânico que edita a revista "The Economist".
O custo de vida calculado pela EIU é medido com base nos
valores de uma cesta de produtos e serviços em dólar. A pesquisa, realizada a cada seis meses, é feita para ajudar empresas a calcularem os salários dos
executivos no exterior e leva
em conta produtos para esse tipo de profissional.
No relatório, o Brasil é citado
como o único país da América
Latina, além do Paraguai, onde
o custo de vida para quem vem
de fora aumentou. O índice de
custo de vida do Rio de Janeiro
e de São Paulo subiu quatro
pontos percentuais em relação
ao ano passado.
"Assunção [capital paraguaia, que aparece em 124º lugar no ranking], entretanto,
continua a cidade mais barata
na região, apesar do seu custo
relativo de vida ter subido seis
pontos percentuais", diz o relatório divulgado pela EIU.
A combinação do aquecimento da economia mais a valorização do real já havia catapultado as duas cidades brasileiras para o 87º lugar no ano
passado.
O relatório aponta que a
América Latina é a região do
mundo que possui o custo de
vida médio mais baixo da lista.
"Os preços médios representam menos de dois terços do
custo de se viver em Nova York
e nenhuma das cidades da região figuram entre os 50 destinos mais caros", afirma o texto.
Mais caro na Europa
Ao mesmo tempo, a pesquisa
revela que cidades da Europa
estão mais caras. Tóquio, por
exemplo, que no ano passado
aparecia em segundo lugar,
agora está em quinto: foi ultrapassada no ranking por Paris,
Copenhague e Londres.
Oslo (Noruega) manteve-se
em primeiro lugar como cidade
mais cara do mundo. "A força
das moedas européias tem uma
grande influência, mas os preços na Europa estão crescendo,
enquanto no Japão vêm se
mantendo quase estáveis", diz
Jon Copestake, editor da seção
de custo de vida da EIU.
A cidade mais barata da lista
é Teerã, no Irã. Outra revelação
é que Moscou, na Rússia, é agora mais cara do que Nova York.
"As cidades da América do Norte continuam baratas devido à
desvalorização do dólar", diz o
texto da EIU.
Texto Anterior: Trabalhadores da construção civil param canteiros de obra em SP Próximo Texto: Índice da Fipe fica em 0,33% em fevereiro Índice
|