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INFLAÇÃO
Real fraco faz custo de vida subir 1,15%
da Reportagem Local
O custo de vida dos paulistanos
aumentou 1,15% em fevereiro, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos).
Essa é a segunda maior taxa desde janeiro de 97, quando chegou a
2,12% -a outra taxa maior que o
1,15% foi a de janeiro deste ano,
com 1,38%.
Em janeiro, os principais aumentos estiveram relacionados a itens
não atrelados ao dólar, como as
mensalidades escolares, transportes coletivos e convênios médicos.
O resultado do mês passado, entretanto, já capta alguns efeitos
causados pela desvalorização cambial nos preços do mercado interno, segundo o Dieese.
Dos itens que compõem o ICV
do Dieese, 16,8% têm alguma relação com o mercado externo, quer
pela importação ou pela exportação. Assim, esses produtos são
mais sensíveis aos aumentos do
câmbio.
Os outros 83,2%, em princípio,
não mantêm relação direta ou indireta com os preços externos, segundo o Dieese. Os itens relacionados ao mercado externo subiram
3,88% em fevereiro, contribuindo
com 0,65 ponto percentual no cálculo final do índice de 1,15%. Os
não-relacionados subiram 0,60%,
contribuindo com 0,50 ponto.
A alimentação teve alta de 2,6%.
Os produtos in natura e semi-elaborados subiram 3,41% e os industrializados, 3,27%. Comer fora de
casa fixou 0,25% mais barato.
Os equipamentos domésticos
aumentaram 3,0%, com destaque
para os eletrodomésticos, com
3,73%, e móveis, com 2,32%. Os
aparelhos eletrônicos ficaram
5,6% mais caros (8,86% para os
aparelhos de som e 9,34% para os
televisores).
Os gastos com transportes cresceram 1,66%, sendo 1,40% para o
individual e 2,22% para o coletivo.
O custo de vida subiu 2,55% no
primeiro bimestre do ano. Nos últimos 12 meses (março de 98 a fevereiro de 99) a alta é de 2,05%.
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