São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2010

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Agricultores brasileiros veem avanço

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os produtores de algodão do Brasil avaliam que a proposta dos EUA é uma vitória para o setor e estudam formas para tornar o fundo de compensação uma fonte permanente de recursos para o desenvolvimento desse produto.
O dinheiro será utilizado para atividades que não são consideradas subsídios pela OMC, como pesquisa, desenvolvimento e combate a pragas.
Hoje, o investimento nesse tipo de atividade no país é de cerca de R$ 50 milhões por ano, valor inferior aos US$ 147 milhões (R$ 258 milhões) que entrarão anualmente no fundo de compensação.
"É um valor significativo, que não dá para gastar em apenas dois anos. E podemos pensar também em atividades em que não se coloque apenas o dinheiro a fundo perdido, investimentos que possam retroalimentar esse fundo", diz o presidente da Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), Haroldo Cunha.
Todas essas ideias precisam, no entanto, da aprovação dos EUA e dos gestores do fundo de compensação. Além disso, parte do dinheiro irá para países africanos. São 13 produtores, como Burkina Faso, Mali, Benin e Chade.
Para Cunha, o fim dos subsídios ao produtor dos EUA, quando a medida se concretizar, trará competitividade ao algodão brasileiro. "Pela primeira vez após sete anos temos uma proposta concreta."


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