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Bolsa de SP atinge pico em 22 meses
Dados americanos ajudam na alta; dólar cai a R$ 1,763
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana começou com mais
um pregão de ganhos na Bolsa
de Valores de São Paulo. Sem a
referência do mercado europeu, fechado devido a um feriado, a BM&FBovespa repercutiu os dados econômicos positivos apresentados nos Estados
Unidos ontem. A Bolsa doméstica fechou em alta de 0,22%,
aos 71.289 pontos, seu mais elevado patamar em 22 meses.
O mercado de câmbio foi
marcado pela depreciação do
dólar. Após bater em R$ 1,754
na mínima, o dólar encerrou a
R$ 1,763, com recuo de 0,34%.
"Os mercados repercutiram,
nessa abertura de semana, os
números do mercado de trabalho norte-americano, divulgados na última sexta-feira, quando as principais Bolsas de Valores estavam fechadas", afirmou
Silvio Campos Neto, economista do Banco Schahin.
Para ajudar na manutenção
do clima favorável, foi divulgado ontem nos EUA que vendas
pendentes de moradias subiram em fevereiro. Além disso, o
índice de atividade do setor de
serviços americano, medido
pelo instituto ISM, subiu em
março, atingindo sua máxima
em quase quatro anos.
O índice Dow Jones, que reúne 30 das mais negociadas
ações de empresas norte-americanas, subiu 0,43%. Para a
Bolsa eletrônica Nasdaq, o dia
foi de apreciação de 1,12%.
"Outro ponto de destaque foi
a permanência de Henrique
Meirelles na presidência do BC.
Esse fato representa um importante sinal de manutenção
das diretrizes básicas da política monetária, algo crucial em
um momento em que surgiam
ruídos diante de incertezas sobre os efeitos de uma possível
transição no comando do BC",
disse Campos Neto.
O pregão não foi mais animador devido ao recuo registrado
pelas ações da Vale. O papel
PNA da companhia, que acumula alta de 18% no ano, terminou com baixa de 0,32%. A ação
foi a mais negociada do dia,
com quase 10% do giro total.
Para os papéis da Petrobras,
o pregão foi de ganhos: o PN subiu 0,72%, e o ON, 0,62%.
Com o retorno do apetite dos
investidores estrangeiros, a
BM&FBovespa tem conseguido ganhar fôlego para tentar retomar seu pico histórico, que
foram os 73.516 pontos registrados em 20 de maio de 2008.
Em março, o saldo das operações realizadas com capital externo na Bolsa ficou positivo
em R$ 3,15 bilhões -maior cifra desde setembro passado.
Mas, apesar do volume forte
de compras, a participação dos
estrangeiros no pregão caiu para 25,8% do total em março,
contra 27,8% no mês anterior.
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