São Paulo, Quinta-feira, 06 de Maio de 1999
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TELECOMUNICAÇÕES
"Empresa-espelho" Megatel vai concorrer com a Telefônica; consumidor poderá fazer opção já este ano
Nova tele vai investir US$ 1,5 bilhão em SP

Alan Marques/Folha Imagem
Pimenta da Veiga (Comunicações), FHC e Ranato Guerreiro (Anatel)


da Sucursal de Brasília

A Megatel S/A, que vai concorrer com a Empresa Telefônica (ex-Telesp) na prestação do serviço de telefonia fixa em São Paulo, investirá cerca de US$ 1,5 bilhão nos próximos três anos.
O número foi anunciado ontem pelo representante da empresa, Derek Burney, e é inferior ao investimento de R$ 3 bilhões prometido pela Telefônica para 1999.
Os consumidores paulistas terão a oportunidade de optar pelos serviços da Megatel ainda neste ano.
De acordo com a proposta apresentada pela empresa no leilão de privatização da licença que criou a "empresa-espelho" da Telefônica, 52% dos municípios paulistas com mais de 200 mil habitantes terão o serviço até dezembro (com uma densidade de 3,37 linhas por 100 habitantes).
Ontem, a Megatel pagou ao governo R$ 28 milhões, o que representa 40% do total da licença (R$ 70 milhões). O restante do valor poderá ser pago em dois anos.
"Consideramos a Telefônica uma boa competidora e podemos garantir que vamos oferecer serviços de qualidade aos consumidores paulistas", disse Derek Burney.

Composição
A Megatel é formada pelas empresas Bell Canada (Canadá), WLL (EUA), Qualcomm (EUA) e Libermann (Argentina).
Ela tem uma formação semelhante à do consórcio Canbrá S/A (apenas a brasileira Vicunha não participa da Megatel), que possui a "empresa-espelho" da Tele Norte Leste (16 operadoras estaduais, entre elas a Telerj, a Telemig e as da região Nordeste).
"Se existem maus serviços hoje, vamos oferecer os melhores no futuro", disse Burney, ao ser questionado se as reclamações dos usuários em relação aos serviços da Telefônica poderão ajudar o desempenho da Megatel.

Conclusão
Em uma solenidade no Palácio do Planalto, o presidente Fernando Henrique Cardoso comemorou os investimentos anunciados pela Megatel.
Ele afirmou que a venda da "empresa-espelho" da Telefônica praticamente conclui o processo de privatização do setor de telefonia do país.
Ainda falta vender a "espelho" da Tele Centro Sul, que reúne as operadoras das regiões Sul e Centro-Oeste e parte da região Norte.


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