|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PREÇOS
Alimentos caem e neutralizam aumento provocado por tarifas públicas e vestuário
Fipe mede inflação de 0,55% em maio
MAURO ZAFALON
da Redação
A inflação de maio ficou em
0,55% no município de São Paulo,
taxa bem inferior ao 1,2% previsto
inicialmente pela Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) para o mês.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Sócio-Econômicos), o
custo de vida praticamente não
apresentou variação no mês passado no município. A taxa caiu
0,01% (alta de 1,08% em abril).
Os alimentos foram os grandes
responsáveis pela ocorrência de
uma taxa menor do que a prevista,
segundo a Fipe, que acompanha
diariamente a evolução dos preços
na capital paulista.
Em média, os paulistanos pagaram 1,37% menos pelos alimentos
no mês passado. Essa queda foi
provocada por redução de 6,5%
nos hortifrútis.
Apesar dessa queda, o preço dos
hortifrútis ainda está alto. O setor
mantém aumento acumulado de
7% nos cinco primeiros meses deste ano em relação aos preços do final de 96.
Em junho, os alimentos não devem repetir a tendência de queda
registrada em maio, diz o coordenador do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) da Fipe, Heron do
Carmo. Os preços devem ficar estáveis. Se houver nova queda, deve
ser de pequena intensidade.
As pressões na inflação de maio
vieram de vestuário e tarifas públicas. Neste último item, a pressão
veio principalmente de energia
elétrica e telefone.
Em junho, as pressões continuam vindo de tarifas públicas,
principalmente dos custos das assinaturas de telefones. O índice deve receber, ainda, o impacto dos
reajustes nas tarifas de ônibus.
Já o aumento de 9,8% para água e
esgoto só começa a pesar no índice
a partir de julho, diz Heron.
Com a redução da taxa de maio
para 0,55%, a inflação acumulada
nos últimos 12 meses recuou para
7,07%. O economista da Fipe prevê novas quedas na taxa nos próximos meses. A inflação de 97 deve
ficar em 6%.
Dieese
A queda de 0,01% não significa
que houve estabilidade em todos
os preços, nem que o impacto das
variações tenha sido igual para todas as famílias, diz o Dieese.
O maior aumento foi para o grupo habitação (1,70%), devido ao
reajuste da assinatura telefônica. O
grupo vestuário subiu 1,13%.
Para compensar, houve queda
nos preços dos alimentos (1,72%),
equipamentos domésticos
(2,26%) e transporte (0,38%).
Colaborou Marcos Cézari, da Reportagem Local
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|