São Paulo, sexta, 6 de junho de 1997.



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PREÇOS
Alimentos caem e neutralizam aumento provocado por tarifas públicas e vestuário
Fipe mede inflação de 0,55% em maio

MAURO ZAFALON
da Redação

A inflação de maio ficou em 0,55% no município de São Paulo, taxa bem inferior ao 1,2% previsto inicialmente pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o mês.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), o custo de vida praticamente não apresentou variação no mês passado no município. A taxa caiu 0,01% (alta de 1,08% em abril).
Os alimentos foram os grandes responsáveis pela ocorrência de uma taxa menor do que a prevista, segundo a Fipe, que acompanha diariamente a evolução dos preços na capital paulista.
Em média, os paulistanos pagaram 1,37% menos pelos alimentos no mês passado. Essa queda foi provocada por redução de 6,5% nos hortifrútis.
Apesar dessa queda, o preço dos hortifrútis ainda está alto. O setor mantém aumento acumulado de 7% nos cinco primeiros meses deste ano em relação aos preços do final de 96.
Em junho, os alimentos não devem repetir a tendência de queda registrada em maio, diz o coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, Heron do Carmo. Os preços devem ficar estáveis. Se houver nova queda, deve ser de pequena intensidade.
As pressões na inflação de maio vieram de vestuário e tarifas públicas. Neste último item, a pressão veio principalmente de energia elétrica e telefone.
Em junho, as pressões continuam vindo de tarifas públicas, principalmente dos custos das assinaturas de telefones. O índice deve receber, ainda, o impacto dos reajustes nas tarifas de ônibus.
Já o aumento de 9,8% para água e esgoto só começa a pesar no índice a partir de julho, diz Heron.
Com a redução da taxa de maio para 0,55%, a inflação acumulada nos últimos 12 meses recuou para 7,07%. O economista da Fipe prevê novas quedas na taxa nos próximos meses. A inflação de 97 deve ficar em 6%.
Dieese
A queda de 0,01% não significa que houve estabilidade em todos os preços, nem que o impacto das variações tenha sido igual para todas as famílias, diz o Dieese.
O maior aumento foi para o grupo habitação (1,70%), devido ao reajuste da assinatura telefônica. O grupo vestuário subiu 1,13%.
Para compensar, houve queda nos preços dos alimentos (1,72%), equipamentos domésticos (2,26%) e transporte (0,38%).


Colaborou Marcos Cézari, da Reportagem Local



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