São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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Venda de carros médios se expande em ritmo maior que a de modelo popular

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

O aquecimento do mercado interno de automóveis e os recordes registrados no mês de maio apontam para um aumento na capacidade de consumo e um crescimento maior entre os modelos médios, de valor entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, em relação aos chamados veículos de entrada, com preço na faixa de R$ 25 mil a R$ 30 mil.
Os carros menores, com versão 1.0 ou mais cilindradas, lideram o mercado. Em maio, as vendas cresceram 21,75% na comparação com abril. Mas o mercado dos médios se mostrou mais aquecido e cresceu 38,45%. No acumulado do ano, as altas são de 18,97% e 30,77%, respectivamente.
Na classificação de venda feita pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), os menores incluem os veículos de entrada (Gol, Palio, Celta, Uno e Ka) e os modelos hatch pequenos (Cross Fox, Fiesta, Corsa, Peugeot 206, Citroën C3, Clio e Polo) -inclusive as versões mais potentes. Os próximos na escala são os hatch médios (Astra, Focus, Peugeot 307, Stilo, Golf, New Beatle, Audi A3, Citroën C4, Chrysler PT Cruiser, BMW 120).
Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, disse que o aumento nas vendas de automóveis, que somou 28,7% em maio deste ano na comparação com o ano passado, deve-se a três fatores: aumento de renda do consumidor, preços controlados e condições de pagamento. "Há uma conjugação dos três elementos."
Para Reze, o crescimento mais acelerado entre os médios mostra que o consumidor prefere, em algumas situações, pagar parcelado para ter um carro melhor. Segundo ele, cerca de 85% dos veículos vendidos no país são financiados.
Outro fator que justifica o aumento da procura pelo hatch médio é a ampliação dos prazos de pagamento -até 72 meses- e a queda dos juros.
Para Reze, a diferença é ainda maior se forem excluídas as unidades vendidas para frotas de empresas ou agências de locação. Segundo ele, em maio foram vendidos 13 mil carros pequenos a mais do que abril. "Ao menos 80% foram para frota."
No ano, segundo a Fenabrave, foram emplacados 838.739 automóveis e comerciais leves, alta de 24,2% na comparação com o mesmo período de 2006.
Diante dos números do quadrimestre, a Fenabrave revisou para cima a previsão para as vendas de automóveis e comerciais leves, que passou de 11% para 14,7%, alcançando perto de 2,2 milhões de unidades.


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