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Venda de carros médios se expande em ritmo maior que a de modelo popular
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE
O aquecimento do mercado
interno de automóveis e os recordes registrados no mês de
maio apontam para um aumento na capacidade de consumo e
um crescimento maior entre os
modelos médios, de valor entre
R$ 50 mil e R$ 60 mil, em relação aos chamados veículos de
entrada, com preço na faixa de
R$ 25 mil a R$ 30 mil.
Os carros menores, com versão 1.0 ou mais cilindradas, lideram o mercado. Em maio, as
vendas cresceram 21,75% na
comparação com abril. Mas o
mercado dos médios se mostrou mais aquecido e cresceu
38,45%. No acumulado do ano,
as altas são de 18,97% e 30,77%,
respectivamente.
Na classificação de venda feita pela Fenabrave (Federação
Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores), os menores incluem os veículos de
entrada (Gol, Palio, Celta, Uno
e Ka) e os modelos hatch pequenos (Cross Fox, Fiesta, Corsa, Peugeot 206, Citroën C3,
Clio e Polo) -inclusive as versões mais potentes. Os próximos na escala são os hatch médios (Astra, Focus, Peugeot
307, Stilo, Golf, New Beatle,
Audi A3, Citroën C4, Chrysler
PT Cruiser, BMW 120).
Sérgio Reze, presidente da
Fenabrave, disse que o aumento nas vendas de automóveis,
que somou 28,7% em maio deste ano na comparação com o
ano passado, deve-se a três fatores: aumento de renda do
consumidor, preços controlados e condições de pagamento.
"Há uma conjugação dos três
elementos."
Para Reze, o crescimento
mais acelerado entre os médios
mostra que o consumidor prefere, em algumas situações, pagar parcelado para ter um carro
melhor. Segundo ele, cerca de
85% dos veículos vendidos no
país são financiados.
Outro fator que justifica o aumento da procura pelo hatch
médio é a ampliação dos prazos
de pagamento -até 72 meses-
e a queda dos juros.
Para Reze, a diferença é ainda maior se forem excluídas as
unidades vendidas para frotas
de empresas ou agências de locação. Segundo ele, em maio foram vendidos 13 mil carros pequenos a mais do que abril. "Ao
menos 80% foram para frota."
No ano, segundo a Fenabrave, foram emplacados 838.739
automóveis e comerciais leves,
alta de 24,2% na comparação
com o mesmo período de 2006.
Diante dos números do quadrimestre, a Fenabrave revisou
para cima a previsão para as
vendas de automóveis e comerciais leves, que passou de 11%
para 14,7%, alcançando perto
de 2,2 milhões de unidades.
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