São Paulo, sábado, 06 de junho de 2009

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Para Krugman, economia não se recupera, apenas se estabiliza

DA BLOOMBERG

O economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel, disse que a economia mundial não está dando "o menor sinal" de uma recuperação "em forma de V", marcada por um rápido movimento de declínio e revitalização.
A economia está "se estabilizando, e não se recuperando", disse Krugman, professor de economia da Universidade de Princeton, em conferência realizada em Dublin (Irlanda).
"As coisas estão piorando mais devagar."
Os dados dos EUA deste mês mostraram que a contração da atividade industrial e dos serviços está arrefecendo e que a confiança nas perspectivas da economia vem aumentando. O setor de serviços encolheu a um ritmo mais lento em maio. O país perdeu 345 mil postos de trabalho no mês passado, o menor recuo em oito meses.
A reação da política econômica dos EUA à crise econômica foi "extraordinariamente agressiva", disse Krugman. "Infelizmente, não foi suficiente." O país precisará adotar "alguma forma de novos impostos" para reduzir seu déficit, acrescentou o economista.
"Temo que a zona do euro, a exemplo dos Estados Unidos, possa estar passando por uma década, de certa forma, perdida", disse Krugman.

Cedo demais
A economia dos EUA está dando sinais de estabilização da recessão iniciada em dezembro de 2007, mas é, "de longe, cedo demais" para dizer que a contração terminou, disse Robert Hall, que dirige o NBER, organização que declara oficialmente o início e o final das recessões americanas.
O PIB estimado mensalmente "teve um ponto baixo neste ano, mas ainda é, de longe, cedo demais para dizer que se trata do fundo do poço [a partir de onde começa a recuperação], e não uma pausa em um declínio mais longo."


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