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Para Krugman, economia não se recupera, apenas se estabiliza
DA BLOOMBERG
O economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel, disse que a economia mundial não está dando "o menor
sinal" de uma recuperação "em
forma de V", marcada por um
rápido movimento de declínio
e revitalização.
A economia está "se estabilizando, e não se recuperando",
disse Krugman, professor de
economia da Universidade de
Princeton, em conferência realizada em Dublin (Irlanda).
"As coisas estão piorando
mais devagar."
Os dados dos EUA deste mês
mostraram que a contração da
atividade industrial e dos serviços está arrefecendo e que a
confiança nas perspectivas da
economia vem aumentando. O
setor de serviços encolheu a um
ritmo mais lento em maio. O
país perdeu 345 mil postos de
trabalho no mês passado, o menor recuo em oito meses.
A reação da política econômica dos EUA à crise econômica foi "extraordinariamente
agressiva", disse Krugman. "Infelizmente, não foi suficiente."
O país precisará adotar "alguma forma de novos impostos"
para reduzir seu déficit, acrescentou o economista.
"Temo que a zona do euro, a
exemplo dos Estados Unidos,
possa estar passando por uma
década, de certa forma, perdida", disse Krugman.
Cedo demais
A economia dos EUA está
dando sinais de estabilização
da recessão iniciada em dezembro de 2007, mas é, "de longe,
cedo demais" para dizer que a
contração terminou, disse Robert Hall, que dirige o NBER,
organização que declara oficialmente o início e o final das
recessões americanas.
O PIB estimado mensalmente "teve um ponto baixo neste
ano, mas ainda é, de longe, cedo
demais para dizer que se trata
do fundo do poço [a partir de
onde começa a recuperação], e
não uma pausa em um declínio
mais longo."
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