FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

Os lucros das maiores empresas norte-americanas começam a voltar a um patamar pré-estouro da "bolha financeira" de 2000. Os ganhos líquidos de 1.251 companhias, de um total de 1.500 pesquisadas pela empresa financeira Dow Jones, alcançaram US$ 112,5 bilhões no segundo trimestre.
O valor é apenas ligeiramente inferior ao que as mesmas companhias lucraram no mesmo período de 2000, antes dos sinais claros de que a economia americana entraria em uma fase aguda de desaquecimento. Segundo a pesquisa da Dow Jones, baseada em balanços publicados até sexta-feira, as empresas tiveram um aumento de 70% nos lucros entre o primeiro e o segundo trimestre.
As empresas de tecnologia, as mais afetadas pelo fim da "bolha", obtiveram um ganho de US$ 35 milhões, contra perda de US$ 22 milhões no ano passado. No segundo trimestre de 2001, o pior ano para o setor, essas empresas perderam mais de US$ 1 bilhão.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, boa parte dos ganhos vem sendo gerada graças ao enxugamento de pessoal, corte de novos investimentos e aumento de produtividade.
Ontem, outro indicador importante, que mede a evolução do setor de serviços, mostrou mais um sinal vigoroso de recuperação. A área de serviços, responsável por cerca de 80% do PIB (Produto Interno Bruto), cresceu pelo quarto mês consecutivo em julho, apontou o ISM (Institute for Suply Management). O índice de atividade no setor chegou a 65,1 pontos, o mais alto desde que começou a ser calculado, em julho de 1997.


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