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BIOMASSA
SP firma convênio em programa de cogeração de energia elétrica
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governo de São Paulo firmou ontem convênio com a
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
para lançar um programa de
cogeração de energia a partir
de biomassa (palha e bagaço)
de cana-de-açúcar e biogás
(queima de gás metano).
O documento foi assinado
pelo governador José Serra
na sede da entidade em cerimônia na qual ele citou que a
alternativa é das mais rápidas e viáveis para "alívio da
futura crise energética" de
2011-2012, "desde que as usinas possam contar com linhas de financiamento do
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) para renovação
de maquinário e que o governo federal delegue aos Estados condições para examinar
os problemas de conexão na
rede de energia".
A troca de equipamentos
das usinas é necessária, segundo José Serra, para baixar o custo da produção de
bioenergia. "Dá para gerar 6
ou 7 gigas [gigawatts] de
energia elétrica - que é mais
que o dobro do que o caso
[das usinas] do rio Madeira
-, isso em dois, três anos." O
governador acrescentou ainda que o crescimento da demanda é de 2,5 milhões de
MW (megawatts) adicionais
a cada ano.
Sobre a necessidade de linhas de crédito para as usinas, o presidente da Fiesp,
Paulo Skaf, disse haver no
mercado recursos disponíveis suficientes. O que falta,
segundo ele, é tornar o investimento viável e seguro.
"É preciso melhorar a relação custo-benefício no fornecimento de equipamentos, revisar a legislação, resolvendo a questão da coligação da usina geradora à rede
de distribuição, e desonerar
impostos, para dar retorno e
segurança ao investidor."
Skaf afirmou que a Fiesp já
está articulando um grupo de
investidores interessados no
setor bioenergético.
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