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Presidente aproveita crise para acelerar a reforma tributária
KENNEDY ALENCAR
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião hoje com os partidos políticos que sustentam
seu governo no Congresso, o
presidente Lula vai tentar tranqüilizar os aliados em relação
aos efeitos da crise mundial sobre o Brasil e pedir novo esforço neste ano para a aprovação
de uma reforma tributária.
A reforma tributária é um tema que morre e ressuscita de
acordo com a conveniência política do governo. Neste momento de insegurança, o presidente avalia que tem discurso
para forçar o Congresso a aprová-la. Seria um sinal, dirá Lula,
para mostrar aos investidores
estrangeiros -a melhora do
ambiente de negócios, que ajudaria a trazer investimentos.
Participarão da reunião com
Lula, no Palácio do Planalto, os
líderes dos partidos governistas no Congresso, os presidentes das legendas e os presidentes da Câmara e do Senado,
além de ministros de Estado.
Está programada uma exposição do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a importância em socorrer os agricultores. Na avaliação da equipe
econômica, é importante mostrar aos parlamentares os planos para aumentar a oferta de
crédito a produtores agrícolas,
com remanejamento de cerca
de R$ 5 bilhões do Orçamento.
Outra preocupação do governo que será discutida é o crescimento do PIB de 2009 e 2010.
Com a retração econômica dos
países desenvolvidos e a conseqüente queda do comércio externo, o objetivo é manter o
mercado interno fortalecido.
A mensagem dessa vez não é
para os parlamentares, mas para os empresários. A equipe
econômica quer impedir que
empresas comecem a pisar no
freio dos planos de investimento. Um assessor de Mantega
disse à Folha que o compromisso é manter a taxa de crescimento dos investimentos em
2009 em 10%, no mínimo.
Mantega vai apresentar,
também, o plano de depositar
uma parte das reservas internacionais no Banco do Brasil,
no exterior. Com esse dinheiro,
o banco poderá criar linhas de
financiamento para exportadores.
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