São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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Presidente aproveita crise para acelerar a reforma tributária

KENNEDY ALENCAR
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião hoje com os partidos políticos que sustentam seu governo no Congresso, o presidente Lula vai tentar tranqüilizar os aliados em relação aos efeitos da crise mundial sobre o Brasil e pedir novo esforço neste ano para a aprovação de uma reforma tributária.
A reforma tributária é um tema que morre e ressuscita de acordo com a conveniência política do governo. Neste momento de insegurança, o presidente avalia que tem discurso para forçar o Congresso a aprová-la. Seria um sinal, dirá Lula, para mostrar aos investidores estrangeiros -a melhora do ambiente de negócios, que ajudaria a trazer investimentos.
Participarão da reunião com Lula, no Palácio do Planalto, os líderes dos partidos governistas no Congresso, os presidentes das legendas e os presidentes da Câmara e do Senado, além de ministros de Estado.
Está programada uma exposição do ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a importância em socorrer os agricultores. Na avaliação da equipe econômica, é importante mostrar aos parlamentares os planos para aumentar a oferta de crédito a produtores agrícolas, com remanejamento de cerca de R$ 5 bilhões do Orçamento.
Outra preocupação do governo que será discutida é o crescimento do PIB de 2009 e 2010. Com a retração econômica dos países desenvolvidos e a conseqüente queda do comércio externo, o objetivo é manter o mercado interno fortalecido.
A mensagem dessa vez não é para os parlamentares, mas para os empresários. A equipe econômica quer impedir que empresas comecem a pisar no freio dos planos de investimento. Um assessor de Mantega disse à Folha que o compromisso é manter a taxa de crescimento dos investimentos em 2009 em 10%, no mínimo.
Mantega vai apresentar, também, o plano de depositar uma parte das reservas internacionais no Banco do Brasil, no exterior. Com esse dinheiro, o banco poderá criar linhas de financiamento para exportadores.


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