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EXUBERÂNCIA NACIONAL
Empresa acumula R$ 892 mi até setembro; reajuste do aço e alta de 40% nas vendas favoreceram resultado
Belgo amplia o lucro em 30% sobre 2003
DA FOLHA ONLINE
A Belgo, segunda maior produtora de aços longos do país, acumulou um lucro de R$ 892 milhões no ano, até setembro. O valor representa um crescimento de
30% na comparação com os nove
primeiros meses de 2003.
Controlada pelo grupo europeu
Arcelor, segundo maior produtor
de aço do mundo, a empresa registrou um aumento de 40% no
volume de vendas, com destaque
para as encomendas da construção civil no mercado interno.
Já a siderúrgica argentina Acindar, controlada pela Belgo, operou em ritmo acelerado e teve melhora do resultado com a recuperação da economia do parceiro do
Brasil no Mercosul.
De janeiro a setembro, a empresa faturou R$ 3,9 bilhões, um aumento de 39%. Isso ocorreu graças ao reajuste de preço do aço e
ao maior volume de vendas de laminados (barras de aço) e trefilados (arames). Por outro lado, a
empresa teve custos maiores com
insumos (sucata e gusa).
"Este incremento da demanda
no mercado interno provocou limitação nas exportações, cujas
vendas foram menores que o previsto", citou a Belgo, em nota.
A produção de aço bruto aumentou 35% com a ajuda da usina de Piracicaba (162 km a noroeste de São Paulo), que opera
com 80% de sua capacidade. Neste ano, a Belgo já investiu cerca de
R$ 296 milhões para duplicar a capacidade dessa usina, modernizar
outras unidades, entre outros
projetos.
No terceiro trimestre deste ano,
o lucro da Belgo somou R$ 356,4
milhões, incluindo o resultado da
Acindar. Em maio, a Belgo começou a consolidar em seu balanço
os números da subsidiária argentina. Por esse motivo, a empresa
evita comparar o lucro do terceiro
trimestre com o mesmo período
de 2003, quando o resultado da
Acindar não era incorporado.
Setor em alta
Os números da Belgo engrossam a lista de lucros expressivos
da siderurgia brasileira, favorecida pelo aumento do aço no mercado internacional e pela retomada do consumo interno.
O grupo gaúcho Gerdau, maior
siderúrgica do país, triplicou o lucro no período de janeiro a setembro, com um valor de R$ 2,5 bilhões. No terceiro trimestre deste
ano, o resultado ficou em R$ 1,185
bilhão, o que representa um crescimento de 35,7% em comparação com o trimestre anterior (R$
873,3 milhões).
O lucro também se deve especialmente ao aumento do aço
-com reajustes de 20% até setembro no país- e à retomada da
construção civil. Até mesmo as
operações do grupo fora do Brasil, que antes estavam no vermelho, também passaram a dar lucro
neste ano.
Já no caso da CST (Companhia
Siderúrgica de Tubarão), terceira
maior fabricante de aço do mercado brasileiro, foi registrado um
lucro recorde de R$ 1,124 bilhão
no acumulado de janeiro a setembro deste ano.
A CSN (Companhia Siderúrgica
Nacional), a segunda maior produtora, vai divulgar o resultado financeiro do terceiro trimestre na
próxima terça-feira.
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