São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2004

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EXUBERÂNCIA NACIONAL

Empresa acumula R$ 892 mi até setembro; reajuste do aço e alta de 40% nas vendas favoreceram resultado

Belgo amplia o lucro em 30% sobre 2003

DA FOLHA ONLINE

A Belgo, segunda maior produtora de aços longos do país, acumulou um lucro de R$ 892 milhões no ano, até setembro. O valor representa um crescimento de 30% na comparação com os nove primeiros meses de 2003.
Controlada pelo grupo europeu Arcelor, segundo maior produtor de aço do mundo, a empresa registrou um aumento de 40% no volume de vendas, com destaque para as encomendas da construção civil no mercado interno.
Já a siderúrgica argentina Acindar, controlada pela Belgo, operou em ritmo acelerado e teve melhora do resultado com a recuperação da economia do parceiro do Brasil no Mercosul.
De janeiro a setembro, a empresa faturou R$ 3,9 bilhões, um aumento de 39%. Isso ocorreu graças ao reajuste de preço do aço e ao maior volume de vendas de laminados (barras de aço) e trefilados (arames). Por outro lado, a empresa teve custos maiores com insumos (sucata e gusa).
"Este incremento da demanda no mercado interno provocou limitação nas exportações, cujas vendas foram menores que o previsto", citou a Belgo, em nota.
A produção de aço bruto aumentou 35% com a ajuda da usina de Piracicaba (162 km a noroeste de São Paulo), que opera com 80% de sua capacidade. Neste ano, a Belgo já investiu cerca de R$ 296 milhões para duplicar a capacidade dessa usina, modernizar outras unidades, entre outros projetos.
No terceiro trimestre deste ano, o lucro da Belgo somou R$ 356,4 milhões, incluindo o resultado da Acindar. Em maio, a Belgo começou a consolidar em seu balanço os números da subsidiária argentina. Por esse motivo, a empresa evita comparar o lucro do terceiro trimestre com o mesmo período de 2003, quando o resultado da Acindar não era incorporado.

Setor em alta
Os números da Belgo engrossam a lista de lucros expressivos da siderurgia brasileira, favorecida pelo aumento do aço no mercado internacional e pela retomada do consumo interno.
O grupo gaúcho Gerdau, maior siderúrgica do país, triplicou o lucro no período de janeiro a setembro, com um valor de R$ 2,5 bilhões. No terceiro trimestre deste ano, o resultado ficou em R$ 1,185 bilhão, o que representa um crescimento de 35,7% em comparação com o trimestre anterior (R$ 873,3 milhões).
O lucro também se deve especialmente ao aumento do aço -com reajustes de 20% até setembro no país- e à retomada da construção civil. Até mesmo as operações do grupo fora do Brasil, que antes estavam no vermelho, também passaram a dar lucro neste ano.
Já no caso da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão), terceira maior fabricante de aço do mercado brasileiro, foi registrado um lucro recorde de R$ 1,124 bilhão no acumulado de janeiro a setembro deste ano.
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a segunda maior produtora, vai divulgar o resultado financeiro do terceiro trimestre na próxima terça-feira.


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