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ARENA DO MARKETING
Profissional tem de estar bem envolvido na elaboração do comercial, diz Carillo
Campanha surpreende até criador
da Redação
A criação de uma campanha
publicitária exige envolvimento
do profissional e seus resultados
finais são, muitas vezes, imprevisíveis e surpreendentes.
Essa é a conclusão a que chega
o publicitário Claudio Carillo,
sócio-diretor da Carillo Pastore
e Euro RSCG, que falou na palestra "Estratégia de Criação", dentro do ciclo quinzenal "Arena do
Marketing", destinado ao debate sobre questões relacionadas
ao marketing e à propaganda.
Segundo o publicitário, a criação de uma propaganda é um
processo que precisa ser cuidado pelo profissional em todos os
seus aspectos.
"A criação só termina na hora
em que você perde totalmente o
controle sobre a fita, ou seja,
quando a emissora de televisão a
coloca no ar."
Carillo explica que, quando recebeu a proposta para criar o comercial da Sukita, percebeu que
precisava de uma linguagem jovem para fazer o comercial.
A idéia para a propaganda surgiu quando um amigo foi comprar uma calça em uma loja e
não sabia o número. A vendedora trouxe uma que serviu exatamente e comentou que o amigo
tinha o corpo do pai dela.
A reação do amigo foi de frustração e, a partir desse fato, surgiu a expressão "tio", que é marca registrada no comercial.
Segundo Carillo, quando o filme chegou à agência, a sua equipe o achou horrível, mas como
deveria ser entregue no dia seguinte às emissoras de televisão,
eles fizeram uma montagem. Ele
diz ter ficado surpreendido com
o sucesso do comercial.
Nele, uma jovem entra no elevador, onde um homem mais
velho começa a travar uma conversa. Ela o interrompe, chamando-o por "tio", e pede para
que ele aperte um botão. Ao final, o telespectador ouve a frase:
"Quem toma Sukita não engole
qualquer coisa".
Repercussão
"E o que era para ser um filme
só teve uma repercussão tão
grande que fizemos a continuação."
Carillo conta que, quando
criou a agência, pensou em cobrir todas as áreas de comunicação, mantendo uma linha agressiva de publicidade sem esquecer o seu principal objetivo: vender.
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