São Paulo, Segunda-feira, 06 de Dezembro de 1999


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ARENA DO MARKETING
Profissional tem de estar bem envolvido na elaboração do comercial, diz Carillo
Campanha surpreende até criador

da Redação

A criação de uma campanha publicitária exige envolvimento do profissional e seus resultados finais são, muitas vezes, imprevisíveis e surpreendentes.
Essa é a conclusão a que chega o publicitário Claudio Carillo, sócio-diretor da Carillo Pastore e Euro RSCG, que falou na palestra "Estratégia de Criação", dentro do ciclo quinzenal "Arena do Marketing", destinado ao debate sobre questões relacionadas ao marketing e à propaganda.
Segundo o publicitário, a criação de uma propaganda é um processo que precisa ser cuidado pelo profissional em todos os seus aspectos.
"A criação só termina na hora em que você perde totalmente o controle sobre a fita, ou seja, quando a emissora de televisão a coloca no ar."
Carillo explica que, quando recebeu a proposta para criar o comercial da Sukita, percebeu que precisava de uma linguagem jovem para fazer o comercial.
A idéia para a propaganda surgiu quando um amigo foi comprar uma calça em uma loja e não sabia o número. A vendedora trouxe uma que serviu exatamente e comentou que o amigo tinha o corpo do pai dela.
A reação do amigo foi de frustração e, a partir desse fato, surgiu a expressão "tio", que é marca registrada no comercial.
Segundo Carillo, quando o filme chegou à agência, a sua equipe o achou horrível, mas como deveria ser entregue no dia seguinte às emissoras de televisão, eles fizeram uma montagem. Ele diz ter ficado surpreendido com o sucesso do comercial.
Nele, uma jovem entra no elevador, onde um homem mais velho começa a travar uma conversa. Ela o interrompe, chamando-o por "tio", e pede para que ele aperte um botão. Ao final, o telespectador ouve a frase: "Quem toma Sukita não engole qualquer coisa".

Repercussão
"E o que era para ser um filme só teve uma repercussão tão grande que fizemos a continuação."
Carillo conta que, quando criou a agência, pensou em cobrir todas as áreas de comunicação, mantendo uma linha agressiva de publicidade sem esquecer o seu principal objetivo: vender.


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