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MERCADO FINANCEIRO
Ações do setor elétrico impulsionam o mercado; papel ON da Light sobe 21,7% no pregão de ontem
Bolsa encerra semana com alta de 3,45%
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor elétrico levou a Bolsa de
Valores de São Paulo a encostar
nos 21 mil pontos. A alta de 2,28%
no pregão de ontem fez o Ibovespa registrar 20.879 pontos, patamar nunca antes alcançado.
As ações com direito a voto
(ON) da Light dispararam 21,7%
ontem, dia em que a empresa se
reuniu com credores para discutir
o futuro de suas dívidas. O IEE,
índice que acompanha as ações
do setor de energia elétrica, subiu
5,4% ontem.
A semana foi positiva para o
mercado acionário, com apenas 9
das 54 ações que formam o Ibovespa fechando o período em baixa. A Bovespa subiu 3,45% na semana.
Apesar de o setor elétrico ter sido o destaque positivo, as ações
da Eletrobrás e da Transmissão
Paulista encerraram a semana
com perdas. O papel PN da
Transmissão Paulista perdeu
2,95% na semana. A ação PNB da
Eletrobrás encerrou o período
com recuo de 2,18%.
Pesquisa da Thomson Financial
feita com 20 corretoras e bancos
de investimento locais e internacionais aponta a expectativa de
que a Bovespa seguirá em alta. A
média das projeções indica que o
Ibovespa pode chegar aos 22.800
pontos. O levantamento mostra
que o setor têxtil é um dos que
oferecem as melhores oportunidades de ganho. O potencial de
valorização das ações da Coteminas e da Santista Têxtil chega a
56,9% e 26,1%, respectivamente.
Câmbio
O dólar seguiu caminho inverso
ao da Bolsa e encerrou a semana
com baixa de 0,41%. A moeda
norte-americana era vendida a R$
2,935 no fim dos negócios de ontem. As volumosas captações de
recursos no exterior, fechadas por
instituições financeiras e empresas nos últimos dias, ajudaram a
manter o dólar calmo.
"Com as captações seguindo
com força, o dólar não encontra
espaço para subir", afirma Sérgio
Machado, gestor de renda fixa da
Santa Fé Portfólios.
Operadores do mercado de
câmbio afirmam que compras
feitas pelo Banco do Brasil para o
Tesouro Nacional, durante a semana, evitaram que o dólar recuasse mais no período.
Os C-Bonds voltaram a subir
ontem para um novo nível recorde. Os títulos da dívida brasileira
mais negociados no mercado internacional fecharam vendidos a
US$ 0,9775.
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