São Paulo, terça-feira, 07 de janeiro de 2003

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Eletrobrás já planeja elevar investimentos

BONANÇA MOUTEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

O governo planeja aumentar os investimentos no setor elétrico com o objetivo de dar maior liberdade para a Eletrobrás realizar obras. Para isso, quer desvincular a estatal do cálculo do superávit primário em 2004, meta estabelecida pelo futuro presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa.
Pelo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), os investimentos das estatais são contabilizados como despesa e os lucros, como receita da União, ao lado de todas as demais fontes de receita e despesa da esfera federal.
Para abrir mão dos lucros da Eletrobrás, o governo precisa buscar outra fonte de recursos que mantenha a economia de 3,75% do PIB acertada com o FMI. É a forma de cumprir a meta do superávit primário, pois os lucros das estatais entram na conta e cobrem outras despesas.
A Eletrobrás é lucrativa -até setembro do ano passado, registrou lucro de R$ 4,012 bilhões- e tem investimentos previstos de R$ 3,8 bilhões para este ano contra cerca de R$ 4 bilhões em 2002. Pinguelli Rosa estima que se a empresa tivesse liberdade poderia investir facilmente R$ 5 bilhões já em 2003.
Pinguelli Rosa confirmou que a privatização do sistema Eletrobrás foi suspensa. No entanto, é necessário retirar a companhia do PND (Programa Nacional de Desestatização) para viabilizar novos investimentos.
A Eletrobrás deverá participar do programa Fome Zero com a criação de peixes nos lagos das hidrelétricas e com plantações em torno das barragens e ao longo das linhas de transmissão.


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