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Estrangeiro tem saldo recorde na Bolsa
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores estrangeiros
não deixaram passar a oportunidade de fortes ganhos oferecidos
pela Bolsa de Valores de São Paulo no ano passado. As compras de
ações com capital de estrangeiros
superaram as vendas em R$ 7,5
bilhões em 2003.
Nunca esse saldo havia sido tão
positivo. Transformado em dólares, considerando o valor médio
da moeda em cada período, esse
foi o melhor resultado desde 96.
Somente em dezembro, o saldo
das compras e vendas realizados
por estrangeiros foi positivo em
R$ 1,28 bilhão. Apenas maio registrou resultado negativo no ano.
Em 2002, o saldo tinha sido negativo em R$ 1,44 bilhão.
"Essa entrada forte de dinheiro
estrangeiro na Bolsa reflete a melhora na imagem da economia
brasileira lá fora. Os recursos dos
estrangeiros foram fundamentais
para a Bovespa alcançar os níveis
atingidos em 2003", afirma Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Na avaliação de analistas de renda variável, o primeiro trimestre
deste ano deve ser de continuidade no processo de entrada de dinheiro de estrangeiros na Bolsa.
Em 2003, o volume financeiro
total negociado na Bovespa cresceu 47,2%, ficando em R$ 204,5
bilhões. A média diária de negócios ficou em R$ 818,3 milhões,
maior volume desde 1997.
Ontem a Bolsa paulista conseguiu fechar com pequena alta de
0,19%, após recuar durante boa
parte do pregão.
Mesmo em um dia que não foi
muito positivo, as ações da Petrobras fecharam com expressivas
altas de 5,2% (preferenciais) e 5%
(ordinárias).
Quem mais sofreu foram as
ações do setor de energia elétrica,
destaque do ano passado. O IEE,
que acompanha os papéis do setor, fechou com recuo de 2,5%.
Em 2003, os investidores institucionais (principalmente fundos
de pensão) lideraram o volume de
negociações na Bolsa, com participação de 29,4% no total girado,
ante 17,64% registrado no ano anterior. A participação de pessoa física na Bolsa também ganhou
maior importância no ano passado. O segmento respondeu por
24,4% dos negócios feitos na Bolsa em 2003. No ano anterior, a
participação de pessoa física tinha
ficado em 20,8%.
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