São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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Estrangeiro tem saldo recorde na Bolsa

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores estrangeiros não deixaram passar a oportunidade de fortes ganhos oferecidos pela Bolsa de Valores de São Paulo no ano passado. As compras de ações com capital de estrangeiros superaram as vendas em R$ 7,5 bilhões em 2003.
Nunca esse saldo havia sido tão positivo. Transformado em dólares, considerando o valor médio da moeda em cada período, esse foi o melhor resultado desde 96.
Somente em dezembro, o saldo das compras e vendas realizados por estrangeiros foi positivo em R$ 1,28 bilhão. Apenas maio registrou resultado negativo no ano. Em 2002, o saldo tinha sido negativo em R$ 1,44 bilhão.
"Essa entrada forte de dinheiro estrangeiro na Bolsa reflete a melhora na imagem da economia brasileira lá fora. Os recursos dos estrangeiros foram fundamentais para a Bovespa alcançar os níveis atingidos em 2003", afirma Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
Na avaliação de analistas de renda variável, o primeiro trimestre deste ano deve ser de continuidade no processo de entrada de dinheiro de estrangeiros na Bolsa.
Em 2003, o volume financeiro total negociado na Bovespa cresceu 47,2%, ficando em R$ 204,5 bilhões. A média diária de negócios ficou em R$ 818,3 milhões, maior volume desde 1997.
Ontem a Bolsa paulista conseguiu fechar com pequena alta de 0,19%, após recuar durante boa parte do pregão.
Mesmo em um dia que não foi muito positivo, as ações da Petrobras fecharam com expressivas altas de 5,2% (preferenciais) e 5% (ordinárias).
Quem mais sofreu foram as ações do setor de energia elétrica, destaque do ano passado. O IEE, que acompanha os papéis do setor, fechou com recuo de 2,5%.
Em 2003, os investidores institucionais (principalmente fundos de pensão) lideraram o volume de negociações na Bolsa, com participação de 29,4% no total girado, ante 17,64% registrado no ano anterior. A participação de pessoa física na Bolsa também ganhou maior importância no ano passado. O segmento respondeu por 24,4% dos negócios feitos na Bolsa em 2003. No ano anterior, a participação de pessoa física tinha ficado em 20,8%.


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