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São Paulo, sexta-feira, 07 de fevereiro de 2003

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Sindicato critica falta de informação e teme corte

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Representantes dos funcionários da Varig e da TAM criticaram a falta de informação no acordo operacional assinado pelas duas companhias áreas e classificaram o documento como um "protocolo de papel".
Os sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas e a associação de pilotos da Varig temem que a medida resulte em demissões. As duas companhias informaram que não estão previstos cortes.
Para Élnio Borges, diretor da Apvar (Associação dos Pilotos da Varig), não há, nesse acordo, um plano claro de como a empresa pretende resolver sua crise. "A Varig quer ganhar tempo com seus credores. A companhia quer que o governo relaxe a cobrança de serviços e da dívida que a empresa tem com a BR Distribuidora, Infraero e Banco do Brasil."
A solução para a dívida de US$ 800 milhões da companhia, diz, é a adoção imediata de um plano de ampla reestruturação. "A Varig precisa de credibilidade na sua administração e de dinheiro para quitar suas dívidas."
Para o presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo (Força Sindical), Uébio José da Silva, a racionalização dos serviços das duas companhias pode resultar em até 30% de corte de pessoal. "Fusão é sinônimo de demissão. Queremos discutir como será na prática esse acordo."
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (CUT), Graziela Baggio, disse que vai pedir esclarecimentos ao ministro da Defesa, José Viegas Filho, em audiência prevista para hoje em Brasília. "De concreto, não sabemos nada. Mas vamos defender a manutenção dos postos de trabalho". Dados do sindicato mostram que, em três anos, foram feitas 8.000 demissões.


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