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Sindicato critica falta de informação e teme corte
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Representantes dos funcionários da Varig e da TAM criticaram
a falta de informação no acordo
operacional assinado pelas duas
companhias áreas e classificaram
o documento como um "protocolo de papel".
Os sindicatos dos aeroviários e
dos aeronautas e a associação de
pilotos da Varig temem que a medida resulte em demissões. As
duas companhias informaram
que não estão previstos cortes.
Para Élnio Borges, diretor da
Apvar (Associação dos Pilotos da
Varig), não há, nesse acordo, um
plano claro de como a empresa
pretende resolver sua crise. "A
Varig quer ganhar tempo com
seus credores. A companhia quer
que o governo relaxe a cobrança
de serviços e da dívida que a empresa tem com a BR Distribuidora, Infraero e Banco do Brasil."
A solução para a dívida de US$
800 milhões da companhia, diz, é
a adoção imediata de um plano de
ampla reestruturação. "A Varig
precisa de credibilidade na sua
administração e de dinheiro para
quitar suas dívidas."
Para o presidente do Sindicato
dos Aeroviários do Estado de São
Paulo (Força Sindical), Uébio José
da Silva, a racionalização dos serviços das duas companhias pode
resultar em até 30% de corte de
pessoal. "Fusão é sinônimo de demissão. Queremos discutir como
será na prática esse acordo."
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (CUT),
Graziela Baggio, disse que vai pedir esclarecimentos ao ministro
da Defesa, José Viegas Filho, em
audiência prevista para hoje em
Brasília. "De concreto, não sabemos nada. Mas vamos defender a
manutenção dos postos de trabalho". Dados do sindicato mostram que, em três anos, foram feitas 8.000 demissões.
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