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São Paulo, sexta-feira, 07 de fevereiro de 2003

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PANORÂMICA

SISTEMA BANCÁRIO

Governo do Paraná quer romper monopólio com Itaú que deve durar até 2010
O governo do Paraná protocola hoje no STF (Supremo Tribunal Federal) uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), tentando derrubar a lei estadual que garante ao Itaú o monopólio da movimentação das contas do governo até 2010.
O anúncio da medida foi feito anteontem pelo governador Roberto Requião (PMDB).
O Itaú obteve exclusividade na movimentação das contas do governo do Paraná em outubro de 2000, quando comprou o Banestado (Banco do Estado do Paraná), em leilão. A movimentação das contas da administração direta do governo representaria um volume de ativos próximo a R$ 1 bilhão por mês, segundo estimativa da Secretaria do Planejamento do Paraná.
Seis meses antes da privatização, a Assembléia Legislativa do Paraná votou uma lei autorizando o governo de Jaime Lerner (PFL) a incluir no edital de venda a garantia de que o comprador do Banestado monopolizaria as contas da administração estadual por cinco anos, prorrogáveis por mais cinco.
A lei foi usada à época como argumento de elevação das expectativas de ágio. O Itaú comprou o Banestado com um lance de R$ 1,625 bilhão, ágio de 303% sobre o preço mínimo.
Procurada desde anteontem por meio de sua assessoria de imprensa, pela Agência Folha, a diretoria do Banco Itaú não fez nenhum comentário sobre a intenção do governo do Paraná. Nos três contatos feitos com a assessoria, a Agência Folha foi informada de que a direção não se manifestaria.
A Agência Folha tentou localizar, sem sucesso, o ex-secretário da Fazenda Ingo Hübert. Atual secretário da Administração, o último presidente do Banestado, Reinhold Stephanes, estava em viagem ontem à tarde, segundo sua assessoria.
(DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA)


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