|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INDÚSTRIA NAVAL
Transpetro e Usiminas travam disputa por encomenda de aço
DA SUCURSAL DO RIO
A Transpetro acusou ontem a Usiminas de se valer da
condição de detentora do
"monopólio privado" para
"impor preços e condições"
na compra de aço para a indústria naval, em reação à
proposta da siderúrgica para
adoção de barreiras à entrada de produtos importados.
A Usiminas é a única empresa no país a produzir aço para
o setor naval.
Transpetro e Usiminas
travam uma guerra por conta
da encomenda de 42 mil toneladas de aço para a construção de navios para a subsidiária da Petrobras.
A siderúrgica critica a importação de aço da China para a construção de navios da
Transpetro, cujo preço é menor do que o praticado no
mercado chinês- sugerindo
a prática de dumping.
A disputa foi parar no Planalto. O IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) e a Usiminas pediram ao presidente Lula a adoção temporária
de uma política de preços mínimos. A ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) deve
analisar a questão na próxima semana.
"A Usiminas quer uma reserva de mercado, na contramão da linguagem mundial
da competitividade", diz Sérgio Machado, presidente da
Transpetro.
Em janeiro, a Transpetro
fez uma tomada de preços
em onze usinas em sete países para a construção de 15
navios.
A Usiminas ofereceu o preço mais alto - 60% acima da
proposta de uma siderúrgica
chinesa, considerada a melhor oferta. Depois de a China ter levado o primeiro lote
da encomenda, de 18 mil toneladas, a Usiminas aceitou
fornecer outras 18 mil toneladas pelo preço do concorrente. O resto da encomenda
voltou para os chineses.
(SAMANTHA LIMA e PEDRO SOARES)
Texto Anterior: Indústria automotiva: Ford dá férias a 800 e paralisa unidade de caminhões no ABC Próximo Texto: Entrevista - Flavio Bartmann: "Não há luz no fim do túnel" para a crise, diz economista Índice
|