São Paulo, sábado, 7 de fevereiro de 1998

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FMI aumenta a cota paga por países-membros para US$ 288 bi

das agências internacionais

O FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou ontem o aumento em 45% da cota de participação paga pelos 182 países-membros da instituição.
O valor total das cotas passará assim de US$ 199 bilhões para US$ 288 bilhões. O aumento das cotas obteve 85% dos votos.
Também ontem, o diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, propôs medidas para evitar que crises financeiras como a que está ocorrendo nos países asiáticos continuem a afetar outras regiões do mundo.
Camdessus afirmou que as economias do planeta devem estar mais abertas, para que os investidores possam atuar com maior confiança.
Entre as medidas propostas por Camdessus, estão a reforma dos sistemas bancários nacionais, a melhoria da legislação sobre falências, a liberação dos mercados e uma maior fiscalização sobre as decisões econômicas dos países.
A maioria das medidas sugeridas por Camdessus já faz parte do acordo firmado entre o organismo multilateral e países da Ásia que pediram auxílio financeiro no ano passado.
O FMI se comprometeu a ajudar a Tailândia, a Indonésia e a Coréia do Sul em pacotes de empréstimos que totalizam US$ 17,1 bilhões, US$ 40 bilhões e US$ 57 bilhões, respectivamente.
Em troca da ajuda financeira, os países se comprometeram a adotar medidas de austeridade fiscal e monetária, a reformar o setor bancário e a abrir suas economias a investimentos externos.
Sem essas medidas, o desaquecimento na Ásia será "muito mais dramático, os custos para a população serão ainda mais altos e os riscos para a economia internacional, muito maiores".
Camdessus defendeu ainda o aumento de juros e o corte de despesas nos países asiáticos.



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