São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2000


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EUA

Empresa que estuda genes faz cotação das ações da nova economia, antes em clima de liquidação, subirem 2,36%

Biotecnologia reanima Bolsa Nasdaq


da Redação

O principal índice da Bolsa eletrônica Nasdaq, termômetro da chamada "nova economia" nos EUA, subiu 2,36% ontem, em seu segundo pregão consecutivo de alta, impulsionada pelas ações de empresas de biotecnologia.
O clima de liquidação na Nasdaq, que havia registrado fortes quedas no começo da semana, aumentou depois que a Celera Genomics anunciou que, pela primeira vez, havia mapeado com sucesso uma seqüência do genoma humano.
O anúncio foi feito vários meses antes do que esperavam os analistas de Wall Street. As ações da Celera, que é uma divisão da PE Corp., subiram 26% -depois de sua cotação ter aumentado mais de 50% um dia antes- e puxaram para cima os papéis de outras empresas do setor.
As notícias surgiram depois da declaração do presidente Bill Clinton, na quarta-feira, de que as empresas de biotecnologia poderão patentear produtos exclusivos, o que aliviou os temores de que as informações obtidas nas pesquisas delas estariam à disposição de todos os interessados gratuitamente.
Ontem, analistas avaliavam também que os caçadores de barganhas estão abocanhando as ações de empresas de tecnologia que despencaram durante a onda de vendas das últimas duas semanas. O Dow Jones, que mede a variação das empresas da "velha economia", também subiu e fechou com alta de 0,73%.
Tanto o Dow Jones quanto a Nasdaq, porém, ficaram bem abaixo de seus picos na última hora de operações. Os investidores demonstraram relutância em assumir posições de grande risco antes do relatório sobre o nível de emprego nos EUA em março, que deve ser divulgado hoje. O mercado teme que a queda no desemprego pressione a inflação no país e leve o Federal Reserve a aumentar mais uma vez os juros.

Genoma
O mapeamento do genoma humano, objetivo também almejado pelo Projeto do Genoma Humano, financiado por governos, é considerado um importante avanço científico, que oferecerá aos pesquisadores novos conhecimentos sobre o papel que os genes podem ter no desencadeamento de doenças.
Com o mapeamento, os cientistas esperam poder desenvolver novos e poderosos remédios. A Celera começou a sequenciar o genoma humano em setembro passado, prometendo concluir o mapeamento bem antes do Projeto do Genoma Humano, um consórcio internacional.


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