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São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

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OUTRO LADO

Unilever diz que se for necessário vai dar aumento "responsável"

DA REPORTAGEM LOCAL

Promover reajustes "abusivos" num momento de retração econômica não beneficia a indústria. Elevar a rentabilidade por meio de ganhos de margem, e não pela expansão na produção, pode ser uma estratégia equivocada e a indústria não fará isso.
É dessa forma que as companhias se defendem da acusação de reajustes elevados -que já estão sendo negociados com as lojas. Na última quinta-feira, no entanto, gerentes de compra da Unilever estiveram reunidos com alguns supermercados para falar da questão dos reajustes, que variam de 9,5% a 18%.
A companhia nega a informação. Diz que, se obrigada a fazer reajustes, o fará de maneira "responsável, categoria a categoria, em função do impacto real em seus custos". Se o aumento ocorre, é porque não é possível mais absorver as pressões nos custos. E a empresa pretende garantir a sua "saúde financeira".
Outra companhia, a Nestlé, também foi procurada, durante dois dias, para se posicionar sobre o assunto. A assessoria de imprensa da companhia não se manifestou sobre a questão.
No final de 2002, o presidente da empresa, Ivan Zurita, disse à Folha que a empresa promoveu reajustes por causa do forte aumento do preço do cacau -cotado em moeda estrangeira-, que em poucos meses subiu de valor em cerca de 200%. Na época, o executivo informou que os reajustes ficaram entre 6% e 7%.
O preço do cacau não cedeu. Problemas políticos na Costa do Marfim, principal produtor mundial, forçaram a alta nos últimos meses. O escoamento é lento e a demanda é maior do que a oferta.
Outra empresa citada na reportagem, a Diageo, também foi procurada pela Folha, mas não se manifestou. (AM)


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