|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROGRAMA DE AJUDA
Ministro nega informação de que governo romperia com o Fundo e que atual missão seria a última
Palocci não descarta renovação de pacote com o FMI
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) não descartou a
possibilidade de o governo renovar o programa de ajuda financeira que o país tem com o FMI.
Na parte da manhã, o ministro
divulgou nota para contestar informação publicada pelo jornal
"Gazeta Mercantil", segundo a
qual Lula não iria renovar o acordo com o Fundo que vence no final deste ano.
Pela reportagem, Palocci diria
ainda ontem aos representantes
do FMI, que estão fazendo nova
revisão do acordo fechado em
2002, que a atual missão da instituição ao país seria a última.
Na nota, Palocci, que em ocasiões anteriores já deixara em
aberto a possibilidade de prorrogação do acordo, afirmou que a
"Gazeta Mercantil" estava "mal
informada" por três motivos: "esta não é a última revisão do acordo", "qualquer discussão no momento é inapropriada" e "a relação do atual governo com o FMI é
bastante construtiva e pode ser
qualificada como excelente".
À noite, após evento sobre o setor siderúrgico, Palocci negou
qualquer rompimento com o FMI
e disse que ninguém poderia "negar o fato de que o apoio financeiro que o Fundo deu ao Brasil no
final do ano passado e está dando
neste momento é significativo".
Mas ele ressaltou que a decisão
de prorrogar ou não o acordo só
será tomada no final do ano.
O ministro disse também que o
governo ainda não decidiu se irá
ou não pagar parcela de cerca de
US$ 4 bilhões que o país deve ao
Fundo e que vence no próximo
mês. "Só decidiremos isso na data
do vencimento", disse.
Está previsto no acordo com o
Fundo que o país pode postergar
automaticamente o pagamento
das parcelas dos empréstimos por
um ano, mas com alta de juros.
Palocci lembrou que ainda restam duas revisões do acordo. A
próxima revisão está prevista para o começo de agosto, e a última,
para o início de novembro. É nas
revisões que a missão do FMI vem
ao Brasil, para verificar se o país
cumpriu as metas acertadas.
A principal meta é a de superávit primário -economia de receitas para o pagamento de juros-, fixada em 4,25% do PIB.
Sem a aprovação das revisões, o
FMI não libera as próximas parcelas do empréstimo de US$ 30
bilhões ao Brasil.
A missão do Fundo que chegou
ao país na segunda-feira realiza a
terceira revisão do acordo. Se for
aprovada, o Fundo vai liberar no
mês que vem a maior parcela
(US$ 9,1 bilhões) do empréstimo.
Texto Anterior: Hospital Sul-Americano: BNDES distribui crédito a países vizinhos Próximo Texto: Berzoini se recusa mais uma vez a receber missão do Fundo no país Índice
|