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MERCADO ABERTO
Teles estão perto de novo reajuste
As operadoras de telefonia da
região de São Paulo estão
prestes a fechar um acordo
para a Anatel poder homologar um aumento de tarifa de
7,99% nas ligações de telefone fixo para móvel. Um acordo chegou a ser fechado ontem e enviado à Anatel, mas teve que ser
abortado. A TIM não concordou
com a mudança proposta pela
agência reguladora.
Apesar de o reajuste de 7,99%
ter sido anunciado no início de
abril, sua homologação depende
de um acerto entre as operadoras
da taxa de interconexão, que é
um valor pago pelas operadoras
fixas para as móveis. As tarifas de
interconexão respondem por
50% da receita das móveis.
Pelo pré-acordo fechado ontem, as operadoras de São Paulo
concordaram com um reajuste
provisório de 4,5% da tarifa de
interconexão, até que seja proferida a decisão final no âmbito da
arbitragem da Anatel.
O que inviabilizou o fechamento do acordo foi uma frase incluída no documento que tratava de
um outro tema que não dizia respeito à tarifa de interconexão. As
operadoras definiram no documento que não haveria deduções
nas tarifas de interconexão no
período da madrugada, o que faz
parte de uma outra discussão
que corre em paralelo na Anatel.
Para aprovar a proposta das
operadoras, a agência pediu que
fosse excluída essa parte. A Anatel considerou que essa saída, ao
ser incluída no documento, limitava seu poder de órgão regulador, uma vez que ainda não existe uma definição sua a respeito
das cobranças das tarifas na madrugada. Como as empresas de
telefonia fixa concedem um desconto nas ligações de madrugada, defendem que ocorra o mesmo nas tarifas de interconexão
que elas pagam para as móveis.
A Anatel analisa a proposta e,
por essa razão, pediu a exclusão.
A TIM, no entanto, não concordou, e, sem ela, não há acordo. As
operadoras voltam a se reunir na
segunda ou na terça-feira.
NOVO FOCO
Após um ano em que os gastos
com cerveja impulsionaram a
verba de marketing, a AmBev
volta suas forças em 2005 para os
refrigerantes. Em termos nominais, o segmento terá R$ 20 milhões dos R$ 30 milhões adicionais previstos à divulgação dos
produtos da cervejaria neste ano,
a fim de manter a rentabilidade
alcançada no primeiro trimestre,
afirma Luiz Fernando Edmond,
diretor-geral da AmBev para a
América Latina. "Em 2004 tivemos um ano atípico em que ampliamos os investimentos no
mercado de cervejas para acompanhar a concorrência. Esperamos um ambiente mais racional
neste ano", diz Edmond -foram gastos R$ 370 milhões em
marketing em 2004. No campo
da expansão, a AmBev acaba de
iniciar a produção de Brahma
em mais um país da região, no
Peru, e planeja entrar no mercado de cervejas na República Dominicana no segundo semestre.
LEILÃO DO SANTOS
Após a decisão de liqüidação
do Banco Santos pelo BC, os ativos físicos da instituição serão
agora leiloados. Estima-se que
cerca de 5.000 itens, entre móveis
e equipamentos de informática,
serão leiloados no próximo dia
24 na sede do próprio banco, na
marginal Pinheiros. O leilão será
conduzido pela Superbid, que
também permitirá lances pela
internet, em tempo real.
ESCURA
A Cintra lançará na feira Apas
(supermercados) 2005, entre 9 e
12 de maio, em SP, a Cintra Escura, em lata, long neck e garrafa.
DE SAÍDA
Após quatro anos à frente da
comissão de economia da Febraban, Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, dá lugar a Mário Mesquita, do ABN
Amro Real. Iniciativas como o
Prêmio Febraban de Economia
serão mantidas sob Mesquita.
DUELO DE TITÃS
Paolo dal Pino, presidente da
Telecom Italia do Brasil, se encontrou na quarta, no Rio, com
Sérgio Rosa, presidente da Previ.
A conversa não foi nada amigável. Os ânimos se exaltaram e o
tom da voz subiu alguns decibéis. Nos últimos anos, a Telecom Italia foi uma grande aliada
dos fundos de pensão na briga
com o Opportunity. Os fundos
não se conformam com o acordo
da Telecom Italia com Daniel
Dantas, do Opportunity. O desencontro entre ambos não significa, porém, que as portas estão fechadas para os italianos
comprarem a parte dos fundos
na BrT. Uma coisa é uma coisa...
MERA COINCIDÊNCIA
Coincidência ou não, na quinta-feira, Marco Tronchetti Provera, o comandante da Telecom
Italia, telefonou para o presidente Lula para dizer que todos os
contratos serão honrados pela
empresa. Só não ficou claro que
contratos serão esses.
PROCURA-SE
Pelo menos três executivos já
foram sondados nos últimos
dias por David Zylbersztajn para
ocupar postos-chaves na diretoria da Varig. Zylbersztajn deverá
ser eleito hoje, em Porto Alegre,
o presidente do novo conselho
da empresa aérea.
FORA D'ÁGUA
A Speedo lança neste mês uma
linha de óculos em parceria com
a General Optical, com investimentos de US$ 1,3 milhão. Conhecida pelos equipamentos e
roupas aquáticas, a Speedo quer
ampliar o seu foco ao oferecer
produtos para o dia-a-dia.
PULE DE 10
Roberto Lima, presidente
do Credicard, é o nome mais
cotado para o lugar de Francisco Padinha na presidência
da Vivo, a operadora de telefonia móvel da Telefônica e
da Portugal Telecom. A decisão será da Portugal Telecom,
que deve bater o martelo nos
próximos dias. A Telefônica
tentou emplacar Manoel
Amorim, o diretor-geral da
empresa no Brasil, mas os
portugueses não concordaram em mudar o acordo de
acionista e abrir mão do direiro de indicar o CEO da Vivo.
MENOS LUZ
O crescimento das vendas
de lâmpadas fluorescentes
-impulsionadas pelo racionamento de 2001- pode estar com os dias contados, diz
Alexandre Cricci, presidente
da Abilumi (associação dos
importadores de produtos de
iluminação). O rigor da regulamentação que definirá padrões de qualidade para o
produto, afirma, pode elevar
o valor do produto em até
30%. "Com esse aumento,
muitas empresas pequenas
vão quebrar." Cricci afirma
que a regulamentação cria
padrões de eficiência superiores aos níveis internacionais.
"A mudança obrigará os fabricantes a produzir só para o
Brasil." A nova regra será definida pelo Ministério de Minas e Energia neste ano.
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