São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Setor privado corta menos vagas do que o esperado

DE NOVA YORK

O setor privado americano cortou 491 mil empregos em abril. Embora o desemprego continue crescendo, sua aceleração perdeu força.
Segundo pesquisa mensal da consultoria ADP Employer Services, que reúne dados do setor privado (exceto agropecuário), o total de demissões ficou abaixo tanto da expectativa do mercado quanto do resultado de março, que foi revisado para 708 mil cortes.
O governo americano deve anunciar amanhã os resultados oficiais do desemprego em abril. Mas a antecipação da ADP foi suficiente para sustentar a tendência recente de alta na Bolsa de Nova York. Ontem, o índice Dow Jones subiu 1,21%; o S&P 500 avançou 1,74%; e a Nasdaq, 0,28%.
Na véspera da divulgação dos chamados "testes de estresse" pelo Tesouro norte-americano, hoje, as ações do setor financeiro foram algumas das mais favorecidas no pregão de ontem, subindo 8%, em média.
No total de 491 mil demissões captadas pela ADP, o setor de serviços foi o mais afetado, com cortes de 229 mil vagas. As indústrias demitiram 159 mil funcionários, e as empresas de construção civil, 95 mil.
As companhias consideradas de tamanho médio (entre 51 e 499 empregados) foram as que mais cortaram vagas.
Em março, pelos dados oficiais, a economia americana havia perdido 663 mil empregos, elevando o total de desempregados no país para 5,1 milhões desde o início da recessão, em dezembro de 2007.
Nas últimas semanas, tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, quanto o presidente do Fed, Ben Bernanke, têm dado declarações um pouco mais otimistas sobre o futuro da economia. Embora não haja recuperação à vista, a desaceleração teria perdido ritmo. (FCZ)


Texto Anterior: Seguradora: Prejuízo da AIG pode ter caído 92%
Próximo Texto: Ajuda: EUA vão precisar de novo estímulo fiscal, diz Rogoff
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.