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Setor privado corta menos vagas do que o esperado
DE NOVA YORK
O setor privado americano
cortou 491 mil empregos em
abril. Embora o desemprego
continue crescendo, sua aceleração perdeu força.
Segundo pesquisa mensal da
consultoria ADP Employer
Services, que reúne dados do
setor privado (exceto agropecuário), o total de demissões ficou abaixo tanto da expectativa
do mercado quanto do resultado de março, que foi revisado
para 708 mil cortes.
O governo americano deve
anunciar amanhã os resultados
oficiais do desemprego em
abril. Mas a antecipação da
ADP foi suficiente para sustentar a tendência recente de alta
na Bolsa de Nova York. Ontem,
o índice Dow Jones subiu
1,21%; o S&P 500 avançou
1,74%; e a Nasdaq, 0,28%.
Na véspera da divulgação dos
chamados "testes de estresse"
pelo Tesouro norte-americano,
hoje, as ações do setor financeiro foram algumas das mais favorecidas no pregão de ontem,
subindo 8%, em média.
No total de 491 mil demissões captadas pela ADP, o setor
de serviços foi o mais afetado,
com cortes de 229 mil vagas. As
indústrias demitiram 159 mil
funcionários, e as empresas de
construção civil, 95 mil.
As companhias consideradas
de tamanho médio (entre 51 e
499 empregados) foram as que
mais cortaram vagas.
Em março, pelos dados oficiais, a economia americana
havia perdido 663 mil empregos, elevando o total de desempregados no país para 5,1 milhões desde o início da recessão, em dezembro de 2007.
Nas últimas semanas, tanto o
presidente dos EUA, Barack
Obama, quanto o presidente do
Fed, Ben Bernanke, têm dado
declarações um pouco mais otimistas sobre o futuro da economia. Embora não haja recuperação à vista, a desaceleração
teria perdido ritmo.
(FCZ)
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