São Paulo, Sexta-feira, 07 de Maio de 1999
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PORTOS
Estatal pretende incentivar demissão ou transferência de 900
Codesp quer dispensar metade dos funcionários em dois anos

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

A Codesp, estatal administradora do porto de Santos (SP), planeja dispensar cerca de 900 dos seus 1.976 funcionários por meio de um programa de demissões voluntárias e da transferência de empregados para empresas privadas arrendatárias de áreas no porto.
O diretor-presidente da empresa, Wagner Rossi, disse ontem que não haverá demissão em massa. Segundo ele, os funcionários serão dispensados ao longo do período de reestruturação da empresa.
Ao final desse período, de cerca de dois anos, a Codesp terá se afastado por completo da prestação de serviços no setor operacional, atribuição que vem sendo gradativamente transferida à iniciativa privada, e se incumbirá apenas de tarefas administrativas, na condição de autoridade portuária.
Rossi disse que constará dos futuros contratos de arrendamento de áreas do porto uma cláusula de garantia de emprego por pelo menos dois anos para ex-empregados da Codesp.
O arrendamento de áreas por prazo determinado é o modelo adotado pelo governo para a privatização do porto de Santos.
O presidente do Conselho de Administração da Codesp, Luís Henrique Baldez, do Ministério dos Transportes, disse que a indenização média por empregado demitido é estimada em R$ 35 mil. Para a demissão de 900, portanto, seriam necessários R$ 31,5 milhões.
Jurandir França da Hora, presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária, disse que só acreditará na absorção de empregados da Codesp por empresas privadas se houver ""vontade política" do governo.


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