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PORTOS
Estatal pretende incentivar demissão ou transferência de 900
Codesp quer dispensar metade dos funcionários em dois anos
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
A Codesp, estatal administradora do porto de Santos (SP), planeja
dispensar cerca de 900 dos seus
1.976 funcionários por meio de um
programa de demissões voluntárias e da transferência de empregados para empresas privadas arrendatárias de áreas no porto.
O diretor-presidente da empresa, Wagner Rossi, disse ontem que
não haverá demissão em massa.
Segundo ele, os funcionários serão
dispensados ao longo do período
de reestruturação da empresa.
Ao final desse período, de cerca
de dois anos, a Codesp terá se afastado por completo da prestação de
serviços no setor operacional, atribuição que vem sendo gradativamente transferida à iniciativa privada, e se incumbirá apenas de tarefas administrativas, na condição
de autoridade portuária.
Rossi disse que constará dos futuros contratos de arrendamento
de áreas do porto uma cláusula de
garantia de emprego por pelo menos dois anos para ex-empregados
da Codesp.
O arrendamento de áreas por
prazo determinado é o modelo
adotado pelo governo para a privatização do porto de Santos.
O presidente do Conselho de Administração da Codesp, Luís Henrique Baldez, do Ministério dos
Transportes, disse que a indenização média por empregado demitido é estimada em R$ 35 mil. Para a
demissão de 900, portanto, seriam
necessários R$ 31,5 milhões.
Jurandir França da Hora, presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária,
disse que só acreditará na absorção de empregados da Codesp por
empresas privadas se houver
""vontade política" do governo.
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