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"Reunião é mais importante que
as geladeiras"
ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O embaixador argentino
em Brasília, Juan Pablo Lohlé, disse ontem que a decisão de criar barreiras aos eletrodomésticos brasileiros
vem se desenrolando há sete
meses e que o Itamaraty, ao
contrário do que diz, foi,
sim, informado previamente. O Brasil afirma que foi informado 40 minutos antes
do anúncio argentino.
Irônico, Lohlé tentou minimizar o clima de perplexidade do lado brasileiro e disse que a decisão argentina
não terá nenhuma influência no clima da reunião do
Mercosul, que começa hoje
em Puerto Iguazú.
"A reunião de cúpula é
muito mais importante do
que geladeira e ar-condicionado. Quem diz o contrário
só pode estar de brincadeira", afirmou.
O tom das declarações do
embaixador, porém, não
corresponde à tímida reação
do governo brasileiro.
"Lamentamos a decisão,
como qualquer decisão que
tenha impacto negativo nas
relações comerciais", disse o
chanceler brasileiro, Celso
Amorim, de forma sucinta e
por seu porta-voz, ministro
Ricardo Neiva Tavares.
A principal queixa brasileira é que o anúncio das
barreiras foi feito pelo próprio ministro da Economia,
Roberto Lavagna, às vésperas da reunião de cúpula.
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