São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2004

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"Reunião é mais importante que as geladeiras"

ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O embaixador argentino em Brasília, Juan Pablo Lohlé, disse ontem que a decisão de criar barreiras aos eletrodomésticos brasileiros vem se desenrolando há sete meses e que o Itamaraty, ao contrário do que diz, foi, sim, informado previamente. O Brasil afirma que foi informado 40 minutos antes do anúncio argentino.
Irônico, Lohlé tentou minimizar o clima de perplexidade do lado brasileiro e disse que a decisão argentina não terá nenhuma influência no clima da reunião do Mercosul, que começa hoje em Puerto Iguazú.
"A reunião de cúpula é muito mais importante do que geladeira e ar-condicionado. Quem diz o contrário só pode estar de brincadeira", afirmou.
O tom das declarações do embaixador, porém, não corresponde à tímida reação do governo brasileiro.
"Lamentamos a decisão, como qualquer decisão que tenha impacto negativo nas relações comerciais", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim, de forma sucinta e por seu porta-voz, ministro Ricardo Neiva Tavares.
A principal queixa brasileira é que o anúncio das barreiras foi feito pelo próprio ministro da Economia, Roberto Lavagna, às vésperas da reunião de cúpula.


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