São Paulo, terça-feira, 07 de julho de 2009

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br

Aplicar rende mais que financiar carro

Apesar dos juros baixos para compra de carros, os investimentos em aplicação de renda fixa rendem mais que a aquisição de automóveis financiados.
Estudo realizado pela Fecomercio SP mostra que um automóvel de R$ 50 mil pode sair por mais de R$ 70 mil quando financiado. Isso porque o juro pago em um veículo no valor de R$ 50 mil financiado em cinco anos é de aproximadamente R$ 20 mil.
Se o consumidor deixar de comprar um automóvel em prestações e aplicar a entrada, de cerca de R$ 10 mil, e o valor das parcelas, de cerca de R$ 1.106 pagas durante os 60 meses, isso geraria um saldo de R$ 78 mil ao final do período.
"O que esse cálculo mostra é que o prêmio é muito grande para quem está disposto a aplicar e esperar. É claro que agora temos a redução do IPI, que é um outro benefício do governo que também precisa entrar na conta de cada um. Mas o benefício para quem espera é muito grande", afirma Fabio Pina, economista da Fecomercio.
O cálculo da entidade foi baseado em uma aplicação com rendimento mínimo de 0,3% ao mês, que seria o rendimento descontada a inflação, para as aplicações, enquanto o financiado em 60 meses custa cerca de 1,5% de juro ao mês.
Pina usa como exemplo um jovem de 20 anos. "O jovem e o pai do jovem precisam aprender a esperar. Eles têm que entrar na loja para ver o carro e sair da loja. Se, em vez de comprarem a prazo, esperarem cinco anos, além de comprarem um carro de R$ 50 mil à vista, teriam R$ 28 mil restantes que poderiam continuar aplicados. Repetindo isso até os 65 anos, o adicional gerado pela aplicação seria de mais de R$ 592 mil."
Para Pina, o ideal seria que o consumidor trocasse o veículo a cada cinco anos, pois ao comprar financiado estará tendo prejuízo anualmente. "Trocar o carro a cada um ou dois anos é mau negócio", diz. Após os dois primeiros anos de uso, a perda de valor do automóvel recua.

NA TOMADA
A Viking, marca americana de eletrodomésticos de luxo, analisa um projeto de abrir uma unidade de montagem dos produtos no Brasil em 2010. Segundo Evandro Kherlakian Junior, presidente da Viking no Brasil, a matriz está satisfeita com o desempenho da subsidiária brasileira, que hoje só distribui os produtos fabricados no exterior. As vendas da empresa chegaram a cair 25% com a crise, mas já se recuperam. A expectativa é crescer 15% neste ano. A redução do IPI para a linha branca está ajudando nas vendas também de eletrodomésticos importados. Segundo Kherlakian, os preços da Viking caíram em média 10% após a desoneração do imposto.

DE VOLTA
Depois de cinco anos sem operar na Bolsa, a corretora carioca Máxima volta hoje ao mercado. Deve comprar mais 5% da construtora João Fortes. Com isso, a Máxima passa a ter 21,5% da empresa. É o primeiro negócio da Máxima com o novo sócio, o fundo americano Tradition.

ALTERNATIVA
A japonesa Tokio Marine registrou, entre janeiro e maio, crescimento de 320% em prêmios, com faturamento de R$ 30 milhões. Entre as causas do aumento, a empresa cita a demanda por energias alternativas, com o seguro para montagem de usinas de biocombustíveis.

TIJOLO
A AlphaVille Urbanismo lançou o AlphaVille Granja Viana. Com investimentos de cerca de R$ 30 milhões, o empreendimento marca a retomada da atuação da empresa na cidade de São Paulo. O empreendimento reunirá 304 lotes residenciais e 29 lotes comerciais.

FILA
O total da dívida em precatórios, ações movidas contra o Estado, no Estado de São Paulo, está em R$ 16 bilhões, de acordo com levantamento do Madeca (Movimento dos Advogados dos Credores Alimentares), sendo 80% deles referentes aos precatórios alimentares.

EXPRESSO
O Suplicy Cafés Especiais se prepara para inaugurar, neste mês, sua Escola de Baristas, em São Paulo. Para a primeira aula, Yara Thaís Castanho, coordenadora da escola, traz ao Brasil Michael Phillips, um dos primeiros colocados no campeonato mundial de baristas. Desde a inauguração da primeira loja, Marco Suplicy afirma que era constantemente procurado por pessoas interessadas em fazer curso de baristas.

DE MUDANÇA
Manoel Amorim deixa hoje a presidência do Ponto Frio. Ele foi convidado para permanecer na empresa, mas optou por um novo desafio. Entre as várias propostas que recebeu, estão oportunidades de liderar um complexo educacional e um grupo de publicidade. Amorim vai se mudar para São Paulo em setembro, onde comprou um apartamento no Condomínio Shopping Cidade Jardim.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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