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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Aplicar rende mais que financiar carro
Apesar dos juros baixos para
compra de carros, os investimentos em aplicação de renda
fixa rendem mais que a aquisição de automóveis financiados.
Estudo realizado pela Fecomercio SP mostra que um automóvel de R$ 50 mil pode sair
por mais de R$ 70 mil quando
financiado. Isso porque o juro
pago em um veículo no valor de
R$ 50 mil financiado em cinco
anos é de aproximadamente
R$ 20 mil.
Se o consumidor deixar de
comprar um automóvel em
prestações e aplicar a entrada,
de cerca de R$ 10 mil, e o valor
das parcelas, de cerca de R$
1.106 pagas durante os 60 meses, isso geraria um saldo de R$
78 mil ao final do período.
"O que esse cálculo mostra é
que o prêmio é muito grande
para quem está disposto a aplicar e esperar. É claro que agora
temos a redução do IPI, que é
um outro benefício do governo
que também precisa entrar na
conta de cada um. Mas o benefício para quem espera é muito
grande", afirma Fabio Pina,
economista da Fecomercio.
O cálculo da entidade foi baseado em uma aplicação com
rendimento mínimo de 0,3%
ao mês, que seria o rendimento
descontada a inflação, para as
aplicações, enquanto o financiado em 60 meses custa cerca
de 1,5% de juro ao mês.
Pina usa como exemplo um
jovem de 20 anos. "O jovem e o
pai do jovem precisam aprender a esperar. Eles têm que entrar na loja para ver o carro e
sair da loja. Se, em vez de comprarem a prazo, esperarem cinco anos, além de comprarem
um carro de R$ 50 mil à vista,
teriam R$ 28 mil restantes que
poderiam continuar aplicados.
Repetindo isso até os 65 anos, o
adicional gerado pela aplicação
seria de mais de R$ 592 mil."
Para Pina, o ideal seria que o
consumidor trocasse o veículo
a cada cinco anos, pois ao comprar financiado estará tendo
prejuízo anualmente. "Trocar o
carro a cada um ou dois anos é
mau negócio", diz. Após os dois
primeiros anos de uso, a perda
de valor do automóvel recua.
NA TOMADA
A Viking, marca americana de eletrodomésticos de luxo,
analisa um projeto de abrir uma unidade de montagem dos
produtos no Brasil em 2010. Segundo Evandro Kherlakian
Junior, presidente da Viking no Brasil, a matriz está satisfeita com o desempenho da subsidiária brasileira, que hoje só
distribui os produtos fabricados no exterior. As vendas da
empresa chegaram a cair 25% com a crise, mas já se recuperam. A expectativa é crescer 15% neste ano. A redução do
IPI para a linha branca está ajudando nas vendas também
de eletrodomésticos importados. Segundo Kherlakian, os
preços da Viking caíram em média 10% após a desoneração
do imposto.
DE VOLTA
Depois de cinco anos sem
operar na Bolsa, a corretora
carioca Máxima volta hoje
ao mercado. Deve comprar
mais 5% da construtora João
Fortes. Com isso, a Máxima
passa a ter 21,5% da empresa. É o primeiro negócio da
Máxima com o novo sócio, o
fundo americano Tradition.
ALTERNATIVA
A japonesa Tokio Marine
registrou, entre janeiro e
maio, crescimento de 320%
em prêmios, com faturamento de R$ 30 milhões. Entre as causas do aumento, a
empresa cita a demanda por
energias alternativas, com o
seguro para montagem de
usinas de biocombustíveis.
TIJOLO
A AlphaVille Urbanismo
lançou o AlphaVille Granja
Viana. Com investimentos
de cerca de R$ 30 milhões, o
empreendimento marca a
retomada da atuação da empresa na cidade de São Paulo.
O empreendimento reunirá
304 lotes residenciais e 29
lotes comerciais.
FILA
O total da dívida em precatórios, ações movidas contra
o Estado, no Estado de São
Paulo, está em R$ 16 bilhões,
de acordo com levantamento do Madeca (Movimento
dos Advogados dos Credores
Alimentares), sendo 80% deles referentes aos precatórios alimentares.
EXPRESSO
O Suplicy Cafés Especiais se prepara para inaugurar,
neste mês, sua Escola de Baristas, em São Paulo. Para a
primeira aula, Yara Thaís Castanho, coordenadora da escola, traz ao Brasil Michael Phillips, um dos primeiros colocados no campeonato mundial de baristas. Desde a
inauguração da primeira loja, Marco Suplicy afirma que
era constantemente procurado por pessoas interessadas
em fazer curso de baristas.
DE MUDANÇA
Manoel Amorim deixa hoje a presidência do Ponto
Frio. Ele foi convidado para
permanecer na empresa,
mas optou por um novo desafio. Entre as várias propostas que recebeu, estão oportunidades de liderar um
complexo educacional e um
grupo de publicidade. Amorim vai se mudar para São
Paulo em setembro, onde
comprou um apartamento
no Condomínio Shopping
Cidade Jardim.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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