São Paulo, terça-feira, 07 de julho de 2009

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Economistas cobram novas reformas na AL

TONI SCIARRETTA
ENVIADO ESPECIAL A SANTANDER

A América Latina nunca enfrentou uma crise financeira com tanto conforto como agora, mas a região corre sério risco de ficar para trás se não implementar uma agenda de reformas que garantam aumento de produtividade e de competitividade, segundo economistas. A expectativa é que, após um ano de retração (crescimento zero, no caso do Brasil), a região volte a crescer em 2010. Mas o ritmo visto antes da crise, porém, só deve ser alcançado em 2011, segundo José Juan Ruiz, economista do Santander. "E isso tem enormes consequências sociais, políticas e econômicas. Temos que ser realistas: o mundo não vai mais voltar ao que era em 2008. Mas a América Latina hoje vale mais do que no passado", disse ele, que destacou o Brasil como "estrela" dos emergentes. Na avaliação de Santiago Levy, economista do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), há uma relação direta entre a baixa produtividade latino-americana e a dificuldade da região em superar momentos de crise. Levy lembra que isso ocorreu nos anos 80, a década perdida da América Latina, e depois nos anos 90, quando o Brasil enfrentava a hiperinflação. Para Enrique Iglesias, secretário-geral da Comunidade Iberoamericana, um dos maiores riscos é a América Latina sucumbir ao otimismo irresponsável, consequência da percepção de que a região "nunca esteve tão bem".


O jornalista TONI SCIARRETTA viajou a convite do Santander


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