São Paulo, Quarta-feira, 07 de Julho de 1999
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COMÉRCIO EXTERIOR

Carros ficam fora de pacto com andinos

da Sucursal de Brasília

O acordo que permite a redução de tarifas de 2.700 produtos no comércio entre o Brasil e os países andinos (Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) não vai facilitar o acesso dos veículos brasileiros a esses mercados.
Os automóveis foram excluídos das negociações concluídas domingo em Lima (Peru). Da mesma forma, o aço da Venezuela continuará protegido da concorrência do similar brasileiro e entrará nas listas de produtos sujeitos a preferências tarifárias apenas dos outros três países andinos.
O acordo deverá vigorar por dois anos, a partir de 16 de agosto. Vai substituir as preferências tarifárias fixadas no âmbito da Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração, que prevê concessões mais amplas do Brasil aos produtos andinos que as recebidas pelas mercadorias brasileiras nesses mercados.
Nas negociações mantidas entre o Brasil e os andinos desde abril, foram definidas reduções de 10% a 100% nas tarifas de importação.
Com isso, será facilitado o acesso dos têxteis, dos siderúrgicos (exceto para a Venezuela), da linha branca, de máquinas e equipamentos, dos químicos e produtos agrícolas brasileiros no mercado andino.
Segundo o ministro José Antônio Marcondes de Carvalho, diretor-geral do Departamento de Integração do Itamaraty, o acordo trará maior equilíbrio nas preferências concedidas de ambos os lados ao longo dos dois anos de sua vigência.
Nesse período, o governo brasileiro espera ver firmado o compromisso de criação de uma zona de livre comércio entre o Mercosul e o bloco andino.
Essa negociação acabou bloqueada e suspensa no mês de abril por força da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, que temiam a perda de uma parcela do mercado brasileiro.


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