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Petrobras pagou preço muito alto pela Suzano, afirmam analistas de mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Grande parte dos analistas de
mercado acredita que a Petrobras pagou um preço muito alto
para ter o controle da Suzano
Petroquímica.
Na sexta-feira, a estatal
anunciou a aquisição da empresa por R$ 2,7 bilhões, mais
que o dobro do R$ 1,3 bilhão do
valor de mercado ela tinha no
dia anterior. Com o negócio, as
ações da Suzano subiram 66%
entre sexta e ontem.
O principal critério de avaliação do preço é a relação entre o
que foi oferecido por ação e o
Ebitda (lucro antes dos juros,
impostos, depreciação e amortização), que dá dimensão da
geração de caixa da empresa.
A Petrobras ofereceu R$
10,76 por ação preferencial da
Suzano (sem direito a voto), o
que dá uma relação de 11 vezes
o Ebitda. No caso das ações da
Petrobras, a relação é de 6 vezes. O preço das ações da Braskem, maior empresa do setor
petroquímico, indica uma relação de 5,2 vezes o Ebitda.
"Se for adicionada a dívida líquida da Suzano, nós estimamos que a Petrobras avaliou a
companhia em R$ 4,1 bilhões
(US$ 2,15 bilhões), valor muito
alto em nossa opinião", escreveu Tereza Mello, do Citigroup
Investment Research, em relatório a seus clientes.
Na avaliação dos analistas do
banco Credit Suisse, a Petrobras pagou muito caro por um
ativo que não tem relação com
seu negócio principal e que trará pouca sinergia para suas outras atividades no segmento
petroquímico.
Apesar de considerar o preço
elevado, Marcos Paulo Fernandes Pereira, da Fator Corretora
de Valores, ressalta que o valor
é pequeno quando comparado
à geração de caixa da estatal.
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