São Paulo, terça-feira, 07 de agosto de 2007

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Petrobras pagou preço muito alto pela Suzano, afirmam analistas de mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

Grande parte dos analistas de mercado acredita que a Petrobras pagou um preço muito alto para ter o controle da Suzano Petroquímica.
Na sexta-feira, a estatal anunciou a aquisição da empresa por R$ 2,7 bilhões, mais que o dobro do R$ 1,3 bilhão do valor de mercado ela tinha no dia anterior. Com o negócio, as ações da Suzano subiram 66% entre sexta e ontem.
O principal critério de avaliação do preço é a relação entre o que foi oferecido por ação e o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), que dá dimensão da geração de caixa da empresa.
A Petrobras ofereceu R$ 10,76 por ação preferencial da Suzano (sem direito a voto), o que dá uma relação de 11 vezes o Ebitda. No caso das ações da Petrobras, a relação é de 6 vezes. O preço das ações da Braskem, maior empresa do setor petroquímico, indica uma relação de 5,2 vezes o Ebitda.
"Se for adicionada a dívida líquida da Suzano, nós estimamos que a Petrobras avaliou a companhia em R$ 4,1 bilhões (US$ 2,15 bilhões), valor muito alto em nossa opinião", escreveu Tereza Mello, do Citigroup Investment Research, em relatório a seus clientes.
Na avaliação dos analistas do banco Credit Suisse, a Petrobras pagou muito caro por um ativo que não tem relação com seu negócio principal e que trará pouca sinergia para suas outras atividades no segmento petroquímico.
Apesar de considerar o preço elevado, Marcos Paulo Fernandes Pereira, da Fator Corretora de Valores, ressalta que o valor é pequeno quando comparado à geração de caixa da estatal.


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