São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

CAMINHO DE VOLTA
Os preços das commodities agrícolas continuam com forte desaceleração e, após sucessivas altas nos últimos meses, retornaram aos valores praticados no primeiro bimestre do ano. O milho, após ter atingido US$ 7,60 por bushel (25,4 kg) em junho, caiu para US$ 5,10 ontem.

PERDA ACENTUADA
Nos preços atuais, o primeiro contrato de milho perdeu 32% nos últimos 30 dias, baixa superior à da soja, que foi de 26%. Negociada a US$ 16,60 por bushel (27,2 kg) no início do mês passado, a soja esteve a US$ 12,20 ontem em Chicago.

PIOR PARA O BRASIL
Essa redução de preço coloca o produtor brasileiro com desvantagem ainda maior em relação ao argentino e ao norte-americano, já que os custos de produção são maiores por aqui, conforme dados da Agri Benchmark, elaborados pelo Cepea.

OS NÚMEROS
Tomando como base propriedades dos três países, o Cepea verificou que o custo de produção de soja em uma área do Paraná foi de US$ 438 por hectare na safra 2006/7. Em Iowa, o custo foi de US$ 366 e na Província de Buenos Aires, na Argentina, de US$ 150.

AS DIFERENÇAS
O custo operacional da Argentina é menor devido ao baixo uso de fertilizantes no país, ao menor gasto com herbicidas -devido à reduzida incidência de doenças- e à menor infestação da ferrugem asiática.

MENOS AÇÚCAR
O clima também está afetando a produção de açúcar da Índia, segundo maior produtor mundial. Nos últimos dez meses até julho, a produção foi de 26,1 milhões de toneladas, 6% a menos do que o volume de igual período da safra anterior, segundo a Bloomberg.

REAÇÃO
Os pecuaristas reagem às críticas de representantes de frigoríficos e da indústria de couro contra a exportação de gado em pé. Vilemondes de Andrade Filho, da associação do nelore, define como "grande equívoco" a sugestão de criar uma taxa para esses embarques.

ATÉ NO CONGRESSO
Para José Olavo Borges Mendes, da ABCZ, é o caso de "mobilizar os pecuaristas" e buscar "apoio dos representantes dos produtores" no Congresso Nacional contra a idéia do imposto. A Argentina cria escola.

FRANGO A R$ 1,95
O preço do frango voltou a subir em São Paulo. Ontem, o quilo da ave viva foi comercializado a R$ 1,95 nas granjas paulistas. Melhora nas vendas, o fim das férias escolares e a diminuição na quantidade de aves nas granjas paulistas permitiram a alta. No dia, o aumento foi de 2,6%.


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