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NEGÓCIOS
Investimento é de US$ 150 mi
Microsoft se alia à Apple, sua ex-rival
LUCIA REGGIANI
da Reportagem Local*
As arqui-rivais Apple e Microsoft
decidiram se unir em aliança tecnológica, comercial e financeira.
Pelo acordo fechado ontem, a
Microsoft investe US$ 150 milhões
na compra de ações da Apple e se
compromete a ficar com elas por,
pelo menos, três anos. As ações
não dão direito a voto.
Mais dinheiro da Microsoft, de
valor não revelado, entra na empresa para encerrar uma disputa
judicial sobre patentes -o "Windows" seria parecido demais com
o sistema da Apple.
O acerto, anunciado durante a
MacWorld Expo, feira que está
acontecendo em Boston (EUA), dá
novo alento à Apple.
Nos últimos 21 meses, a empresa
perdeu US$ 1,7 bilhão. Seu faturamento em 1996 somou US$ 8,9 bilhões, 21,7% inferior ao de 95.
A Microsoft, maior produtora de
programas para computadores
pessoais, se compromete ainda a
produzir versões melhoradas do
pacote de softwares "Office"
-um supercampeão de vendas-
para micros Apple e a lançá-las simultaneamente às versões para
"Windows".
Em contrapartida, a Apple adota
o "Microsoft Internet Explorer"
como o navegador padrão dos micros Macintosh para a Internet.
Até ontem, a Apple incluía os navegadores da Microsoft e da Netscape no CD do seu novo sistema
operacional, "Mac OS 8".
Além do acordo com a ex-rival,
Steve Jobs, co-fundador da Apple,
anunciou os nomes dos novos integrantes do conselho de administração da empresa.
Passam a integrar o conselho o
ex-gerente-geral financeiro da
IBM, Jerome York, o próprio Steve
Jobs, William Campbell, principal
executivo da Intuit, e Larry Ellison, presidente da Oracle.
Além da experiência e da respeitabilidade dos novos integrantes,
chama a atenção a presença de
Ellison, que vive às turras com Bill
Gates, presidente da Microsoft.
Eles decidirão, nos próximos
dias, quem assumirá a presidência
do conselho e será o principal executivo da Apple, que está sem comandante há duas semanas.
Brasil
Como a matriz, a Apple Brasil está sem comandante. Mike Caram,
diretor de marketing e vendas para
a América Latina, está no posto interinamente.
"Continuamos nossa vida normalmente", diz Luciano Kubrusly, 26, gerente de desenvolvimento de mercado.
As vendas da empresa no Brasil
ganharam impulso na última Fenasoft, há duas semanas. Com
promoções, a Apple vendeu 2.300
micros na feira.
Mesmo sendo um volume inferior ao vendido na Fenasoft de 96
-2.500 máquinas-, Kubrusly
considera bom o resultado.
"O consumidor está sem dinheiro. O mercado deverá ter apenas
crescimento vegetativo este ano",
prevê Kubrusly.
Com agências internacionais e Internet
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