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São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2003

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PREVISÃO

Presidente Henrique Meirelles diz que país caminha para a estabilidade

Acordos com FMI serão história, vê BC

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem, em Porto Alegre, que ""os acordos com o FMI farão parte da história". Sem precisar em quanto tempo o país chegará a esse estágio (e se um eventual próximo acordo será o último do país com o organismo multilateral), Meirelles salientou que o Brasil ""está caminhando para esse período".
Meirelles não descartou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional, mas o definiu como uma transição de um período de vulnerabilidade para um de estabilidade e normalidade.
""O novo acordo do Brasil com o FMI tem um ritual de passagem para sair do programa de uma forma organizada", disse o presidente do BC, referindo-se à possibilidade de o país deixar de lado os empréstimos do organismo.
Meirelles, que prevê um saldo comercial de US$ 16,5 bilhões em 2004 e o ingresso de US$ 13,5 bilhões em recursos externos, ressaltou o fato de o risco-país estar em queda, em "trajetória confortadora". Segundo ele, a posição do Brasil "é muito confortável, com ou sem o Fundo".
De acordo com o presidente, um eventual próximo acordo com o FMI -""estamos conversando permanentemente"- seria "construtivo" e "positivo".
"O Brasil vive um momento diferente. O Brasil hoje não está mais em crise", afirmou, reportando-se ao período anterior, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso.
"A partir de 1998, o governo brasileiro entrou em uma rota sustentada de superávits primários [receitas menos despesas, excetuando-se o pagamento de juros]. Esse processo está sendo consolidado pelo governo Lula, que estabeleceu e está cumprindo uma meta de superávit primário de 4,25% do PIB para 2003."


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