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PREVISÃO
Presidente Henrique Meirelles diz que país caminha para a
estabilidade
Acordos com FMI serão história, vê BC
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse ontem,
em Porto Alegre, que ""os acordos
com o FMI farão parte da história". Sem precisar em quanto
tempo o país chegará a esse estágio (e se um eventual próximo
acordo será o último do país com
o organismo multilateral), Meirelles salientou que o Brasil ""está caminhando para esse período".
Meirelles não descartou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional, mas o definiu
como uma transição de um período de vulnerabilidade para um de
estabilidade e normalidade.
""O novo acordo do Brasil com o
FMI tem um ritual de passagem
para sair do programa de uma
forma organizada", disse o presidente do BC, referindo-se à possibilidade de o país deixar de lado
os empréstimos do organismo.
Meirelles, que prevê um saldo
comercial de US$ 16,5 bilhões em
2004 e o ingresso de US$ 13,5 bilhões em recursos externos, ressaltou o fato de o risco-país estar
em queda, em "trajetória confortadora". Segundo ele, a posição
do Brasil "é muito confortável,
com ou sem o Fundo".
De acordo com o presidente,
um eventual próximo acordo
com o FMI -""estamos conversando permanentemente"- seria "construtivo" e "positivo".
"O Brasil vive um momento diferente. O Brasil hoje não está
mais em crise", afirmou, reportando-se ao período anterior,
quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso.
"A partir de 1998, o governo
brasileiro entrou em uma rota
sustentada de superávits primários [receitas menos despesas, excetuando-se o pagamento de juros]. Esse processo está sendo
consolidado pelo governo Lula,
que estabeleceu e está cumprindo
uma meta de superávit primário
de 4,25% do PIB para 2003."
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