São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004

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Petróleo volta a bater recorde e afeta Bolsas

DA REDAÇÃO

A ameaça de greve dos petroleiros na Nigéria e a preocupação com os estoques americanos levaram os preços do petróleo a um novo patamar recorde ontem, acima de US$ 52. O barril para entrega em novembro encerrou a US$ 52,02 na Bolsa Mercantil de Nova York, alta de 1,82%.
Durante o dia, o barril chegou a US$ 52,15, novo recorde "intraday" (que considera a variação durante o pregão). Neste ano, a valorização em Nova York já chega a quase 60%.
Os contratos futuros também registraram novo recorde em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo, onde o barril do Brent passou dos US$ 48 (US$ 48,10) e foi negociado no fim do dia a US$ 47,99, um ganho de também 1,82%.
As cotações foram afetadas ontem pela notícia de que petroleiros nigerianos podem interromper a produção e entrar em greve na segunda-feira em protesto contra o aumento dos combustíveis no varejo.
Os sindicatos locais pedem que o governo reduza os preços ou então que abra negociações sobre o assunto até domingo. A Nigéria é um dos principais exportadores mundiais.
Nos EUA, o fator negativo ainda tem sido o impacto do furacão Ivan, no mês passado, no golfo do México, uma das principais regiões produtoras do país. A produção diária local ainda está cerca de 450 mil barris abaixo do nível normal, o que eleva as preocupações com as reservas americanas à medida que se aproxima o inverno no hemisfério Norte.
O governo americano divulgou ontem que os estoques do país cresceram a um ritmo menor que o esperado pelo mercado, em 1,1 milhão de barris. A expectativa era que o aumento chegasse a 2 milhões de barris.
A alta do petróleo teve reflexo negativo no mercado brasileiro, amenizando o impacto de mais uma emissão soberana fechada pelo governo no exterior. O dólar subiu 0,42%, a R$ 2,842. A Bovespa caiu 0,74%.
Na BM&F, as projeções dos juros subiram um pouco. No contrato DI (juro interbancário) mais negociado, a taxa foi de 17,05% para 17,09%.


Com agências internacionais

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