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Produção cresce no maior ritmo em 16 meses em emergentes
Aceleração dos mercados de países em desenvolvimento mostra "guinada histórica", segundo relatório do HSBC
Elevação na cotação das commodities no mercado internacional leva o valor das ações de emergentes ao maior nível em 13 meses
DA BLOOMBERG
A produção das economias
em desenvolvimento está crescendo ao ritmo mais acelerado
em 16 meses, o que sinaliza que
os mercados emergentes vão
puxar a recuperação da economia mundial, segundo o Índice
Gerentes de Compras elaborado pelo HSBC.
O Índice HSBC de Mercados
Emergentes saltou para 55,3
pontos no terceiro trimestre,
ante 50,7 pontos nos três meses
anteriores. Essa foi a maior expansão trimestral da produção
industrial e de serviços das economias emergentes desde o segundo trimestre de 2008.
"O crescimento dos mercados emergentes é um impulso
cada vez mais importante para
a economia mundial", disse
Stephen Green, presidente do
conselho administrativo do
HSBC, em Istambul. "Estamos
vendo uma guinada histórica."
O HSBC projeta que os países
emergentes vão crescer 6% em
2010 -puxados sobretudo pela
Ásia-, enquanto o mundo desenvolvido crescerá 1,8%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias avançadas crescerão
1,3% no próximo ano, enquanto
os países em desenvolvimento
terão expansão de 5,1%. A produção mundial ficará 3,1%
maior, segundo estimativa elaborada pelo Fundo.
O Índice Gerentes de Compras do HSBC se baseia em sondagens junto aos gerentes de
compras de mais de 5.000 empresas em 13 mercados emergentes, como China e Brasil. O
índice será atualizado trimestralmente. A próxima edição
está prevista para 7 de janeiro
do ano que vem.
O relatório divulgado ontem
sugere nova melhora para os
últimos três meses deste ano.
Ações em alta
O estudo do HSBC, somado à
alta dos preços das commodities no mercado internacional,
impulsionou as perspectivas de
lucros de empresas de países
emergentes. Com isso, ações e
bônus dos países em desenvolvimento saltaram para seu
maior nível em 13 meses.
O contrato de petróleo bruto
para entrega em novembro
chegou a subir 2,2%, para US$
71,95 o barril, em Nova York, e
o cobre teve valorização de
2,6%, para US$ 2,797 a libra-peso, uma vez que o enfraquecimento do dólar aqueceu as
perspectivas da demanda por
commodities.
O Índice MSCI de Mercados
Emergentes avançou 20% no
trimestre passado, quando sinais da recuperação da economia mundial atraíram os investidores para ativos de maior
rendimento.
Os países em desenvolvimento vão puxar um mercado
altista ""plurianual" das ações,
estimulados pelo crescimento
da economia e as baixas taxas
de juros, segundo Anthony Bolton, presidente de investimentos da Fidelity International,
que gere US$ 141 bilhões.
"Baixo crescimento significa
taxas de juros baixas, e realmente este é um dos melhores
ambientes para investir na Bolsa", disse Bolton em entrevista
à Bloomberg em Hong Kong.
"Isso é muito favorável ao
universo dos emergentes, em
contraposição ao mundo desenvolvido", concluiu.
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