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TRABALHO
Metalúrgicos insistem em reposição acima da inflação; CUT aceita
Força pode decretar paralisação
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical vai reunir amanhã em assembléia cerca de 3.000
metalúrgicos para aprovar greve
por tempo indeterminado a partir
de segunda-feira nas fábricas de
São Paulo se não houver proposta
de reajuste salarial acima de inflação. Até ontem, nenhum sindicato patronal havia proposto aumento real nos salários.
Enquanto a central deve decretar greve, a CUT deve aprovar o
reajuste proposto pelo setor de
autopeças: pagamento de 100%
da inflação acumulada nos últimos 12 meses medida pelo INPC
(Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), o percentual deve
ficar entre 9,7% e 10%.
"Caso os empresários não apresentem proposta acima da inflação, as fábricas param na próxima
semana. Só não vai parar quem
oferecer aumento real", disse Eleno José Bezerra, secretário-geral
do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo (Força Sindical).
Segundo ele, o impasse nas negociações foi criado pela CUT,
que aceitou a reposição da inflação, desde 2000, ao fechar acordo
com as montadoras.
Para o negociador do Sindipeças (representa empresas de autopeças), Drausio Rangel, a referência para as negociações deste ano
é mesmo a reposição da inflação.
"Além de a CUT ter aceitado, trabalhadores dos setores de papel e
papelão e químico também negociaram reajuste com base na inflação. Esse é o parâmetro", disse.
Não houve acordo ontem nas
negociações do grupo 10 (lâmpadas, estamparia, entre outras)
com metalúrgicos das duas centrais. Os empresários condicionam o pagamento de reajuste à
retirada de cláusula que garante
estabilidade para portadores de
doença profissional e acidente de
trabalho.
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