|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Decisão da Fitch Ratings teve uma resposta positiva do mercado; Bolsa subiu, e risco-país recuou
Agência melhora nota de risco do país
DA REPORTAGEM LOCAL
A elevação da nota da dívida
brasileira pela agência de classificação de risco Fitch Ratings foi
fundamental para o mercado financeiro ter um dia positivo. A
Bovespa subiu para um novo patamar recorde no ano, e o risco-país fechou em baixa.
Além da notícia da Fitch, o acordo do Brasil com o FMI (Fundo
Monetário Internacional), anunciado na noite de quarta-feira,
também foi positivo para os negócios de ontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou com alta de 1,67%, aos
18.612 pontos. O risco-país recuou 0,85%, para 582 pontos.
A Fitch Ratings elevou a nota do
Brasil de "B" para "B+". A elevação do "rating" (avaliação sobre
capacidade de pagamento de dívidas) brasileiro reflete a melhora
da economia do país, além do fechamento do acordo com o FMI.
"O mercado já esperava por essa decisão. A Fitch estava atrasada
em relação à posição tomada pelas outras agências de classificação de risco", afirma Clive Botelho, diretor financeiro do banco
Santos.
A elevação da nota de classificação de risco da dívida do Brasil
pode representar uma maior facilidade para conseguir crédito no
exterior e a custos menores.
Quanto melhor a nota, menores
as expectativas de que um país dê
calote em sua dívida.
A divulgação do IPCA (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo), ontem, que veio abaixo das
expectativas do mercado, aumentou os negócios com contratos de
juros futuros, que recuaram.
O número de contratos DI
-juro interbancário- negociados ontem subiu 30% na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros), superando os 372 mil.
As taxas em todos os contratos
fecharam em baixa: inflação em
baixa aumenta as perspectivas de
cortes na taxa básica de juros.
No DI de maior negociação,
com prazo em julho do próximo
ano, a taxa caiu de 17,58% para
17,50%. No contrato de prazo
mais curto, a taxa caiu de 18,48%
para 18,43%.
Apenas o dólar destoou do clima dominante no mercado e fechou em alta. A moeda norte-americana subiu ontem 0,49%,
para R$ 2,877. Operadores de mesas de câmbio afirmaram que o
Banco do Brasil e uma grande
empresa com dívida no exterior
foram os principais compradores
de dólares no mercado ontem.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Comércio: Brasil e EUA discutem a Alca em Washington Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|