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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Decisão da Fitch Ratings teve uma resposta positiva do mercado; Bolsa subiu, e risco-país recuou

Agência melhora nota de risco do país


DA REPORTAGEM LOCAL

A elevação da nota da dívida brasileira pela agência de classificação de risco Fitch Ratings foi fundamental para o mercado financeiro ter um dia positivo. A Bovespa subiu para um novo patamar recorde no ano, e o risco-país fechou em baixa.
Além da notícia da Fitch, o acordo do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional), anunciado na noite de quarta-feira, também foi positivo para os negócios de ontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com alta de 1,67%, aos 18.612 pontos. O risco-país recuou 0,85%, para 582 pontos.
A Fitch Ratings elevou a nota do Brasil de "B" para "B+". A elevação do "rating" (avaliação sobre capacidade de pagamento de dívidas) brasileiro reflete a melhora da economia do país, além do fechamento do acordo com o FMI.
"O mercado já esperava por essa decisão. A Fitch estava atrasada em relação à posição tomada pelas outras agências de classificação de risco", afirma Clive Botelho, diretor financeiro do banco Santos.
A elevação da nota de classificação de risco da dívida do Brasil pode representar uma maior facilidade para conseguir crédito no exterior e a custos menores. Quanto melhor a nota, menores as expectativas de que um país dê calote em sua dívida.
A divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ontem, que veio abaixo das expectativas do mercado, aumentou os negócios com contratos de juros futuros, que recuaram.
O número de contratos DI -juro interbancário- negociados ontem subiu 30% na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), superando os 372 mil.
As taxas em todos os contratos fecharam em baixa: inflação em baixa aumenta as perspectivas de cortes na taxa básica de juros.
No DI de maior negociação, com prazo em julho do próximo ano, a taxa caiu de 17,58% para 17,50%. No contrato de prazo mais curto, a taxa caiu de 18,48% para 18,43%.
Apenas o dólar destoou do clima dominante no mercado e fechou em alta. A moeda norte-americana subiu ontem 0,49%, para R$ 2,877. Operadores de mesas de câmbio afirmaram que o Banco do Brasil e uma grande empresa com dívida no exterior foram os principais compradores de dólares no mercado ontem.
(FABRICIO VIEIRA)


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