São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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Previsão para o Brasil cai a 3% no próximo ano

DO ENVIADO A WASHINGTON

O FMI cortou para 3% a previsão de crescimento do Brasil para 2009. Há menos de um mês, o Fundo previra um aumento do PIB de 3,5% para o próximo ano. Para 2008, o órgão manteve inalterada a projeção de 5,2%.
Segundo Jörg Decressin, economista do Fundo, a economia brasileira será afetada pela crise em três frentes:
1) Os preços das commodities que o país exporta devem continuar substancialmente deprimidos; 2) Haverá uma diminuição nas linhas de crédito externas para exportações e refinanciamento de dívidas de empresas em dólar; e 3) Uma diminuição do "efeito riqueza" entre os brasileiros que tinham parte de seus investimentos na Bovespa levará a uma diminuição no consumo.
Os três fatores, segundo ele, não afetam apenas o Brasil, mas também outras economias emergentes.
No caso da China, o FMI fez um corte de quase um ponto percentual na previsão de crescimento para 2009. O país agora crescerá "apenas" 8,5%. A queda é considerável se comparada aos 11,6% e 11,9% de crescimento, respectivamente, em 2006 e 2007. Em 2008, a China deve crescer 9,7%.
Mesmo com desempenho mais pífio, serão os emergentes que vão sustentar o crescimento global de 2,2%, na média, ao longo de 2009.
Enquanto os países desenvolvidos devem apresentar um crescimento conjunto negativo de -0,3% em 2009, segundo o FMI, os emergentes vão evoluir positivamente 5,1%. Ainda assim, a redução frente ao resultado de 2007 será significativa. No ano passado, os emergentes cresceram 8%, em média.
O FMI ainda revisou o preço do petróleo para 2009, que deverá custar US$ 68, o barril, e não mais US$ 100, como previsto antes. (FCZ)


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