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Previsão para o Brasil cai a 3% no próximo ano
DO ENVIADO A WASHINGTON
O FMI cortou para 3% a
previsão de crescimento do
Brasil para 2009. Há menos
de um mês, o Fundo previra
um aumento do PIB de 3,5%
para o próximo ano. Para
2008, o órgão manteve inalterada a projeção de 5,2%.
Segundo Jörg Decressin,
economista do Fundo, a economia brasileira será afetada
pela crise em três frentes:
1) Os preços das commodities que o país exporta devem
continuar substancialmente
deprimidos; 2) Haverá uma
diminuição nas linhas de
crédito externas para exportações e refinanciamento de
dívidas de empresas em dólar; e 3) Uma diminuição do
"efeito riqueza" entre os brasileiros que tinham parte de
seus investimentos na Bovespa levará a uma diminuição no consumo.
Os três fatores, segundo
ele, não afetam apenas o Brasil, mas também outras economias emergentes.
No caso da China, o FMI
fez um corte de quase um
ponto percentual na previsão de crescimento para
2009. O país agora crescerá
"apenas" 8,5%. A queda é
considerável se comparada
aos 11,6% e 11,9% de crescimento, respectivamente, em
2006 e 2007. Em 2008, a
China deve crescer 9,7%.
Mesmo com desempenho
mais pífio, serão os emergentes que vão sustentar o crescimento global de 2,2%, na
média, ao longo de 2009.
Enquanto os países desenvolvidos devem apresentar
um crescimento conjunto
negativo de -0,3% em 2009,
segundo o FMI, os emergentes vão evoluir positivamente 5,1%. Ainda assim, a redução frente ao resultado de
2007 será significativa. No
ano passado, os emergentes
cresceram 8%, em média.
O FMI ainda revisou o preço do petróleo para 2009,
que deverá custar US$ 68, o
barril, e não mais US$ 100,
como previsto antes.
(FCZ)
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