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ÁGUIA EM TRANSE
Taxa, que estava em 5,7%, aumentou mais do que o previsto; em um mês, economia perde 40 mil vagas
Desemprego volta a subir e vai a 6% nos EUA
DA REDAÇÃO
A taxa de desemprego cresceu
de maneira inesperada nos EUA e
foi a 6% em novembro, ante 5,7%
no mês anterior. A economia do
país eliminou 40 mil postos de
trabalho no período, a maior redução desde fevereiro.
De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o índice
de 6% se iguala ao registrado em
abril deste ano. O
número ficou bem acima das expectativas dos analistas, que esperavam um aumento bem mais
modesto, para 5,8%. Desde 1994,
quando o país ainda sofria os efeitos da recessão de 91, o desemprego não atingia níveis tão elevados.
Há dois anos, a taxa de desemprego estava em 4% da PEA (população economicamente ativa).
O salto de dois pontos percentuais no índice significa que cerca
de 2 milhões de pessoas perderam
o emprego no período.
"Os números são um choque,
deram a impressão de que a economia voltou a patinar", disse
Ram Bhagavatula, economista-chefe do Royal Bank of Scotland
Financial Markets.
O aumento no desemprego foi
recebido com surpresa ainda
maior porque recentemente havia
ocorrido uma melhora nos principais indicadores, o que trouxera
a sensação de que a atividade estaria recuperando o fôlego. A confiança dos consumidores se recuperou, as encomendas à indústria
cresceram e os pedidos de seguro-desemprego vem cedendo.
A secretária do Trabalho, Elaine
Chao, reconheceu que os números do emprego não são compatíveis com os demais indicadores.
"A economia saiu da estagnação,
mas ainda é um pouco incerto seu
destino nos próximos meses",
disse Chao, em entrevista a rede
de TV CNBC.
Para os economistas, há muita
incerteza sobre o que ocorrerá no
futuro próximo, e isso inibe os investimentos empresariais e a contração de novos empregados. Os
EUA podem atacar o Iraque e o
secretário do Tesouro, Paul
O'Neill, acaba de deixar o cargo.
Em um sinal de que ainda não
há espaço para novas contratações, a média semanal de horas
trabalhadas permaneceu estável
no mês passado (34,2 horas).
Juros
O aumento na taxa de desemprego trouxe a especulação de que
o Federal Reserve (banco central
dos EUA) talvez faça um novo
corte na taxa de juros, em sua próxima reunião, na terça-feira. No
mês passado, a instituição decidiu
reduzir os juros em 0,5 ponto percentual, trazendo a taxa para
1,25% ao ano -a menor dos últimos 41 anos.
Com agências internacionais
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