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Problemas comerciais do bloco são adiados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A reunião de Cúpula do Mercosul terminou sem que as principais pendências comerciais do
bloco fossem resolvidas. Uma das
negociações centrais para a integração econômica do Brasil, da
Argentina, do Uruguai e do Paraguai -a harmonização dos impostos de importação entre os
países- foi novamente adiada.
Mais uma vez, as crises econômicas e financeiras na região obrigaram os países a adiar os objetivos de longo prazo do bloco econômico. Os presidentes dos países do Mercosul reiteram, porém,
os objetivos de aprofundar a integração regional.
A expectativa era que, até o final
deste ano, os países deveriam acabar com a lista de exceções que
permitem a prática de impostos
de importação diferentes dos estabelecidos pela Tarifa Externa
Comum (TEC) do Mercosul. Ficou decidido que os países terão
mais um ano para se adequar.
A Argentina também conseguiu
prorrogar por mais seis meses a
permissão para praticar tarifas de
importação menores para bens de
capital. A inexistência de uma
TEC consolidada dificulta negociações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos.
Como cada país tem um Imposto
de Importação diferenciado, as
negociações não podem partir de
uma base comum.
As desvalorizações cambiais no
Brasil, na Argentina e no Uruguai
também fizeram com que os países adiassem para 2006 o cumprimento da meta de inflação. A
idéia original era que a partir deste ano os países tivessem uma inflação anual de, no máximo, 5%.
O Brasil poderia ter 5,5%. Esse objetivo só valerá em 2006.
A idéia de fechar um acordo de
livre comércio entre o Mercosul e
os países andinos (Venezuela, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia)
também vai ter de esperar mais
um ano. Foi assinado um termo
permitindo que os países do Mercosul assinem acordos individuais de preferências tarifárias
com os do bloco andino. Só no final de 2003 haveria o livre comércio entre as duas regiões.
(AS)
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