São Paulo, sábado, 07 de dezembro de 2002

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TRABALHO

Italianos vão às ruas protestar contra demissões

Fiat começa a demitir 5.600 na 2ª; protestos ganham força na Itália

Del Bo/France Presse
Empregados da Fiat bloqueiam estação de trem em Turim em protesto contra demissão de 5.600


DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários da montadora italiana Fiat bloquearam ruas e fecharam fábricas em toda a Itália ontem, furiosos com o plano de demissões da empresa, que deixará 5.600 deles sem emprego na segunda-feira. Analistas e sindicatos, porém, advertem que essas demissões não serão suficientes para a empresa se recuperar.
Negociações entre a direção da empresa e o governo italiano para tentar diminuir o número de demissões falharam na quinta-feira. Isso abriu caminho para a Fiat, a maior empregadora privada do país, reduzir seus custos cortando pessoal. Com o anúncio, as ações da empresa caíram 2,7% nos mercados europeus.
Segundo especialistas, a Fiat precisaria, para se recuperar, vender a sua divisão de automóveis. Para isso, poderia exercer uma opção negociada com a General Motors e vencimento em 2004.
Os sindicatos temem que, exercendo a opção, pela qual a GM seria obrigada a comprar a divisão de autos da Fiat, os cortes feitos pela empresa americana se intensifiquem, em busca de custos menores de operação.

Bloqueio
Durante os protestos contra a decisão da montadora, os funcionários da empresa paralisaram a fábrica de Mirafiori, em Turim, uma das maiores do país. Além disso, bloquearam a principal rodovia entre o norte e o sul do país, perto de Nápoles.
Um porta-voz da Fiat informou, ainda, que outras três fábricas onde haverá cortes foram paralisadas pelos funcionários.


Com agências internacionais


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