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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA fechou com recuo de 0,28%, a R$ 2,86; Bovespa caiu depois de 8 pregões de alta
Medidas do BC não evitam queda do dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da pressão sentida na
abertura dos negócios ontem, o
dólar encerrou o dia em baixa de
0,28%, a R$ 2,86.
Após o anúncio do BC, feito no
início da noite de terça-feira, de
que comprará dólares para fortalecer as reservas cambiais, a expectativa era se a cotação da moeda começaria a subir. Esse movimento só aconteceu na manhã de
ontem, quando a moeda dos EUA
chegou a R$ 2,893 (alta de 0,87%),
mas não se sustentou.
"A entrada de dólares segue forte, e a expectativa é que a captação
de recursos no exterior continue
firme. Isso equilibra a conta, evitando que o dólar inverta a tendência atual e comece a disparar.
Sem a atuação do BC, o caminho
seria de apreciação do real", disse
Alexandre Vasarhely, chefe da
mesa de câmbio do banco ING.
As compras do BC poderiam ter
acontecido já a partir de ontem, o
que não ocorreu. Há muita expectativa nas mesas de câmbio sobre
quando será o primeiro leilão e o
preço que o BC aceitará para adquirir a moeda.
Para Alexandre Póvoa, economista e estrategista do banco Modal, o conceito de câmbio flutuante "ficou prejudicado" com a medida. "Por mais que negue, o Banco Central mostrou que trabalha
com um piso para o dólar, em torno dos R$ 2,85", diz Póvoa.
A Bovespa caiu após oito pregões seguidos de alta. As ações da
Petrobras, da Vale do Rio Doce e
do setor elétrico puxaram a baixa
de 1,09% registrada pela Bolsa de
Valores de São Paulo.
A saída de Luiz Guilherme
Schymura da presidência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não abalou as ações
das teles, que foram o destaque
positivo do pregão.
O Itel, que acompanha os papéis das teles, foi o único índice da
Bolsa que fechou em alta, de 0,6%.
Dentre as maiores valorizações
do dia ficaram as ações preferenciais da Telesp Celular Participações (3,5%) e da Tele Centro Oeste (2,9%).
A Bovespa continua movimentando bastante dinheiro neste início de ano. Ontem foram negociados R$ 1,65 bilhão, volume acima
da média diária registrada no ano
passado (R$ 818,3 milhões).
Os C-Bonds (títulos da dívida
brasileira mais negociados no
mercado internacional) fecharam
ontem com valorização de 0,37%,
vendidos a US$ 0,9950.
(FABRICIO VIEIRA)
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