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Economia global permanece "forte" em 2007, diz FMI
Europa e a Ásia compensam menor expansão dos EUA, que não deve enfrentar desaceleração severa, na avaliação da instituição
DA BLOOMBERG
A economia mundial vai permanecer "forte" neste ano, com
a Europa e a Ásia compensando
o menor crescimento nos Estados Unidos, previu ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo
Monetário Internacional), Rodrigo de Rato.
"Vamos ter outro ano de forte crescimento", declarou Rato
na Basiléia, na Suíça, durante
reunião de presidentes de bancos centrais de todo o mundo,
entre eles o brasileiro Henrique Meirelles.
As reuniões do BIS (sigla em
inglês para Banco de Compensações Internacionais) ocorrem bimestralmente na Basiléia, sede da instituição, uma
espécie de "banco central dos
bancos centrais".
"Nós certamente veremos
uma Europa com crescimento
expressivo, uma continuação
do crescimento no Japão e forte expansão em muitos países
emergentes", afirmou o diretor-gerente do Fundo.
Bancos centrais na Europa e
no Japão devem aumentar as
taxas de juros neste ano, na medida em que a elevação da confiança dos empresários, dos investimentos e das contratações
despertam preocupações em
relação à possibilidade de o
aquecimento econômico alimentar a inflação.
Pouso suave
Enquanto a desaceleração do
mercado imobiliário está esfriando o crescimento nos Estados Unidos, o desemprego na
Alemanha teve a maior queda
no mês passado desde 1990, e a
confiança dos empresários subiu no Japão para o maior nível
em dois anos.
O diretor do FMI disse que a
desaceleração norte-americana não será severa o bastante
para afetar a economia mundial. "Em relação aos Estados
Unidos, nossa visão é certamente a de um pouso suave, o
que é benéfico não apenas para
os Estados Unidos, mas também para a economia global."
Em setembro, o FMI previu
que a economia mundial teria
expansão média de 4,9% neste
ano, um pouco abaixo dos 5,1%
de 2006. Rato não informou se
a instituição planeja rever sua
estimativa.
Mas o diretor do FMI alertou
que investidores e executivos
devem evitar "complacência",
na medida em que a "ampla liquidez" na economia global
ajuda a elevar o preço dos ativos e reduz a percepção de risco. Disse ainda que a alta do petróleo coloca riscos inflacionários para algumas economias.
O Banco Central Europeu irá
provavelmente elevar sua taxa
básica de juros para 3,75% até o
final do ano, de acordo com
pesquisa da Bloomberg com 23
economistas.
Os entrevistados esperam
que o Banco do Japão eleve sua
taxa de juros do atual 0,25% para 1% até o final de 2007. Nos
EUA, o Fed (banco central norte-americano) irá provavelmente manter os juros em
5,25% neste trimestre para depois cortá-lo para 4,75% até o
fim do ano, de acordo com a
média de projeções de outra
pesquisa com 74 economistas.
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